Quais são os emblemas ou símbolos do Espírito Santo e o que podemos aprender sobre a Sua pessoa a partir desses emblemas e símbolos?
Existem, pelo menos, nove desses emblemas e símbolos. Eles estão listados em ordem alfabética.
A. O vestuário, indicando vestes apropriadas (Lc 24.49).
Aqui, a palavra revestidos vem da palavra grega enduo, que se refere às roupas que alguém vestiria. Ela é usada para descrever:
- As roupas usadas por João Batista (Mc 1.6).
- O manto cor púrpura que os soldados romanos colocaram em Jesus (Mc 15.17).
- As vestes sacerdotais que o Salvador hoje veste no céu (Ap 1.13).
- O linho branco e puro que os santos vestirão (Ap 19.14).
Em vista disso, podemos concluir que as roupas mencionadas aqui, em Lucas 24.49, são uma referência à vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. (Veja At 2.1-3)
Em conclusão, a armadura de Deus descrita por Paulo em Efésios 6 pode ser vista como a vestimenta do Espírito Santo! (Ef 6.14-17).
B. Uma pomba (Mt 3.16).
O símbolo da pomba sugere aspectos do ministério do Espírito Santo que estão baseados nas funções da pomba nas Escrituras.
- A pureza e a inocência (Mt 10.16).
- A confiabilidade (Gn 8.8-10).
- A segurança e o descanso em meio à tempestade (Sl 55.6; Is 59.19).
- A sensibilidade ao pecado.
- O fato de que o Espírito Santo é, muitas vezes, descrito como estando ofendido por causa das transgressões dos pecadores (Gn 6.3,6,7; Sl 78.40,41; Ef 4.30).
- O fato de que, às vezes, os pecadores são descritos lamentando as suas transgressões como pombas (Ez 7.16).
C. Um penhor (ou garantia) (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.13-14).
Um penhor é uma entrada paga por alguma coisa, pela qual parte do preço total da compra é pago antecipadamente, trazendo consigo a garantia de que, em uma data futura, a quantia total será paga. O penhor mencionado nos versículos acima pode ser o sangue de Cristo ou talvez a presença do próprio Espírito Santo.
Um homem que adquire um objeto por meio do pagamento de um penhor eventualmente pode reagir de uma das seguintes maneiras:
- Ele pode decidir que não quer mais o objeto. O Espírito Santo, porém, não fará isso (Lc 22.15; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9)!
- Ele pode concluir que não tem dinheiro para efetuar a compra. O Espírito Santo, porém, não precisa fazer isso (1Pe 1.18).
- Ele pode, acidentalmente, esquecer-se do assunto. O Espírito Santo, porém, não pode fazer isso (Sl 78.39; 103.14; Is 49.15; Jr 31.34; Hb 6.10).
- Ele pode cumprir sua palavra e comprar o objeto. O Espírito Santo faz isso (Jr 33.14; Fp 1.16).
D. O fogo (Mt 3.11; At 2.1-4).
Esse símbolo sugere diversos ministérios do Espírito Santo:
- O juízo (Sl 11.6; 21.8,9; 2Ts 1.8). O Antigo Testamento contém quatro exemplos principais desse ministério de juízo:
- A cidade de Sodoma (Gn 19.24).
- Os 250 agitadores (Nm 16.35).
- Nadabe e Abiú (Lv 10.2).
- Os 100 soldados inimigos (2Rs 1.10,12).
- A purificação.
- De Israel (Ml 3.2,3).
- Da própria criação (Hb 12.26,29; 2Pe 3.10-12).
- A direção (Nm 9.16; Ne 9.12,19).
- A aceitação ou aprovação. O fogo da aprovação de Deus caiu sobre os sacrifícios oferecidos pelos seguintes homens e os consumiu:
- Arão (Lv 9.24).
- Gideão (Jz 6.20,21).
- Davi (1Cr 21.26).
- Salomão (2Cr 7.1,3).
- Elias (1Rs 18.38).
- A purificação (Is 6.5-7).
- O revestimento especial de poder (At 2.3).
- A proteção.
- A proteção de Israel (Êx 13.21,22).
- A proteção de Eliseu (2Rs 6.17)
- O teste ou avaliação (1Co 3.11-13).
- A presença gloriosa de Deus.
- Conforme experimentada por Moisés na sarça ardente (Êx 3.2).
- Conforme experimentada por Israel no monte Sinai (Êx 19.18; Dt 4.33,36; 5.4,24).
Nas Escrituras, o azeite era usado para atingir quatro objetivos:
- Ungir para o serviço. No Antigo Testamento, os indivíduos chamados para assumir um dos três ofícios principais eram ungidos com azeite.
- O ofício do profeta (1Rs 19.16). Na medida em que representamos Deus perante os homens.
- O ofício do sacerdote (Lv 8.12). Na medida em que representamos o homem perante Deus.
- O ofício do rei (2Sm 5.3). Na medida em que nos preparamos para reinar com Deus. Em um sentido bem real, o Espírito Santo deseja ungir-nos na medida em que servimos nesses papéis.
- Iluminar.
- As habitações de Deus no Antigo Testamento (o tabernáculo e o templo) (Veja Lv 8.30).
- Os corpos de Deus no Novo Testamento. (1) O corpo do Salvador (At 10.38; Hb 1.9). (2) Os corpos dos santos (1Co3.16; 1Jo 2.20).
- Purificar (Lv 14.17).
- Curar (Sl 23.5; Mc 6.13; Lc 10.34; Tg 5.14).
F. Um selo (2Co 1.22; Ef 1.13; 4.30).
Conforme podemos ver nesses versículos, um selo significa:
- Posse.
- Segurança.
- Autoridade.
- Quando o rei persa Dario prendeu Daniel na cova dos leões (Dn 6.16,17).
- Quando o rei persa Xerxes (aconselhado pelo perverso Hamã) tramou o extermínio dos judeus (Et 3.8-12).
- Quando Pilatos selou o sepulcro de Jesus (Mt 27.66).
G. U servo.
Existem mais figuras do Messias prometido a Israel em Gênesis 24 do que em qualquer outro capítulo do Antigo Testamento. Nesse relato, Abraão envia seu servo fiel a uma terra estrangeira, com o propósito de encontrar uma noiva para Isaque . A jovem escolhida foi Rebeca. Portanto:
- Abraão torna-se um tipo de Pai celestial.
- Isaque torna-se um tipo de Jesus.
- Rebeca torna-se um tipo de Igreja.
- O servo torna-se um tipo de Espírito Santo.
- O Espírito Santo foi enviado pelo Pai para cumprir uma missão especial, assim como o servo foi enviado por Abraão (Jo 14.16,26; 15.26).
- A missão do Espírito Santo era preparar uma Noiva para Jesus, o Filho de Deus, assim como o servo fez por Isaque, o filho de Abraão.
- O Espírito Santo honra o Noivo celestial, assim como, um dia, o servo honrou o noivo terreno (Jo 16.13).
- O Espírito Santo dá dons à Noiva de Cristo, assim como o servo um dia, deu presentes à noiva de Isaque (1 Co 12.11).
H. A água.
- A primeira referência ao Espírito Santo na Bíblia está associada à água física (Gn 1.2).
- A última referência ao Espírito Santo na Bíblia está associada à água espiritual (Ap 22.17)
- Jesus frequentemente associava o Espírito Santo à água (Jo 3.5; 7.37-39).
Portanto a obra do Espírito Santo pode ser (parcialmente) resumida por meio de um estudo da função da água.
- A água traz vida (Is 32.2; Ez 47.1-12; Zc 14.8).
- A água traz crescimento (Sl 1.3; Jr 17.8).
- A água traz cura (Is 35.5-7).
- A água purifica (Ez 36.25).
- A água traz satisfação.
I. O vento (Jo 3.8; At 2.1,2).
Esses versículos descrevem quatro aspectos do vento, todos os quais podem ser aplicados à obra do Espírito Santo.
- O vento é invisível.
- O vento é soberano.
- O vento é poderoso.
- O vento é imparcial.