Por que Jesus e Seus Discípulos não jejuavam?
Naquela época, estavam em Cafarnaum alguns discípulos de João Batista que, imitando a austeridade da vida de seu mestre, dedicavam-se a frequentes jejuns e faziam, em horários predeterminados, longas orações. Os fariseus e geralmente os israelitas piedosos também jejuavam frequentemente, conforme nos dizem os evangelhos (Mt 6.16,17; Lc 2.37; 18.12) e o Talmude. Normalmente, faziam isso às segundas e quinta-feiras, porque, de acordo com a tradição, Moisés havia subido ao monte Sinai numa quinta-feira e descido na segunda.
Mesmo que a legislação mosaica não prescrevesse aos judeus mais que um só dia de jejum a cada ano, na festa do Yom Kippur, ou Dia da Expiação (em setembro ou outubro, conforme Lv 16.29-31; 23.27-32; Nm 29.7; At 7.9), aquela prática de consagração era tão natural que, por si mesma, era recomendada como boa obra às almas piedosas. Por isso, é várias vezes mencionada no Antigo Testamento e no Novo Testamento (Is 32.3; 2Sm 2.16; Dn 10.3; Jo 1.14; 2.12,15). Em nenhum momento, Jesus pensou em aboli-la. A Igreja primitiva não só a conservou, como também a recomendou aos cristãos (At 13.2,3).
O dia em que Levi preparou aquele célebre jantar coincidiu com um jejum de devoção dos discípulos de João Batista e dos fariseus. Isso destacava ainda mais a diferença entre eles, e a ocasião era propícia para todo tipo de crítica.
Os discípulos de João Batista, aproximando-se por sua vez do Salvador, perguntaram-lhe: Por que jejuamos nós, e os fariseus, muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? (Mt 9.14) Teria esta pergunta sido sugerida pela malevolência dos escribas e dos fariseus, cujo objetivo era colocar Jesus em aperto? Não é improvável, devido ao fato de que os discípulos de João Batista já haviam sido movidos por sentimentos de inveja (Jo 3.26). A companhia dos fariseus pode ter confirmado esta suposição.
Interrogado deste modo, Jesus ficava responsabilizado pela conduta dos seus discípulos. Então, ele respondeu, com uma linguagem bem familiar aos discípulos de João Batista e usando um argumento bem simples: Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão (Mt 9.15).
Esta primeira parte da resposta do Mestre já esclarece toda a questão. A imagem, tanto expressiva quanto graciosa que ele tomou das cerimônias nupciais dos judeus, era tanto mais eficaz quanto pouco antes o próprio João Batista havia empregado na presença de vários de seus próprios discípulos, representando o Messias como o místico Esposo que havia descido do céu para celebrar suas bodas com a sua Noiva (Jo 3.29-31).
Os amigos do esposo, naturalmente, eram os discípulos de Jesus, pois a principal missão deles era conduzir as almas puras e santas, que formariam a sua Igreja, sua esposa celestial, até o Salvador (2Co 11.2). Portanto, aquele era o tempo das bodas e, consequentemente, tempo de festa e de alegria. O jejum, ao contrário, era uma manifestação de tristeza e de dor. Não seria, pois, uma estranha atitude condenar ao jejum os convidados às bodas enquanto duravam as solenidades nupciais?
Seria, pois, uma contradição extrema, porque não havia motivos para impor jejuns de devoção aos discípulos de Jesus enquanto ele, o esposo divino, estava entre eles. Mas, conforme prosseguiu o divino Mestre, não tardaria o dia em que o Noivo seria tirado violentamente do meio de seus amigos. Foi aí que Jesus enfatizou: Então, jejuarão.
Algo importante a ser observado: Jesus associou a alegria às bodas, à sua presença; e o jejum, à sua paixão e morte - tinha constantemente de abrir os olhos dos discípulos em relação à sua hora. Porém, o argumento de Jesus foi ainda mais admirável pelo fato de ele não censurar os jejuns dos fariseus nem os dos discípulos de João Batista, mas simplesmente exigir liberdade para seus discípulos em assuntos que a lei de Moisés não prescrevia. Para fortalecer sua tese, Jesus acrescentou novas considerações , não menos atrativas, apresentadas, em forma de breves parábolas, que na verdade são verdadeiros princípios.
Mesmo que a legislação mosaica não prescrevesse aos judeus mais que um só dia de jejum a cada ano, na festa do Yom Kippur, ou Dia da Expiação (em setembro ou outubro, conforme Lv 16.29-31; 23.27-32; Nm 29.7; At 7.9), aquela prática de consagração era tão natural que, por si mesma, era recomendada como boa obra às almas piedosas. Por isso, é várias vezes mencionada no Antigo Testamento e no Novo Testamento (Is 32.3; 2Sm 2.16; Dn 10.3; Jo 1.14; 2.12,15). Em nenhum momento, Jesus pensou em aboli-la. A Igreja primitiva não só a conservou, como também a recomendou aos cristãos (At 13.2,3).
O dia em que Levi preparou aquele célebre jantar coincidiu com um jejum de devoção dos discípulos de João Batista e dos fariseus. Isso destacava ainda mais a diferença entre eles, e a ocasião era propícia para todo tipo de crítica.
Os discípulos de João Batista, aproximando-se por sua vez do Salvador, perguntaram-lhe: Por que jejuamos nós, e os fariseus, muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? (Mt 9.14) Teria esta pergunta sido sugerida pela malevolência dos escribas e dos fariseus, cujo objetivo era colocar Jesus em aperto? Não é improvável, devido ao fato de que os discípulos de João Batista já haviam sido movidos por sentimentos de inveja (Jo 3.26). A companhia dos fariseus pode ter confirmado esta suposição.
Interrogado deste modo, Jesus ficava responsabilizado pela conduta dos seus discípulos. Então, ele respondeu, com uma linguagem bem familiar aos discípulos de João Batista e usando um argumento bem simples: Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão (Mt 9.15).
Esta primeira parte da resposta do Mestre já esclarece toda a questão. A imagem, tanto expressiva quanto graciosa que ele tomou das cerimônias nupciais dos judeus, era tanto mais eficaz quanto pouco antes o próprio João Batista havia empregado na presença de vários de seus próprios discípulos, representando o Messias como o místico Esposo que havia descido do céu para celebrar suas bodas com a sua Noiva (Jo 3.29-31).
Os amigos do esposo, naturalmente, eram os discípulos de Jesus, pois a principal missão deles era conduzir as almas puras e santas, que formariam a sua Igreja, sua esposa celestial, até o Salvador (2Co 11.2). Portanto, aquele era o tempo das bodas e, consequentemente, tempo de festa e de alegria. O jejum, ao contrário, era uma manifestação de tristeza e de dor. Não seria, pois, uma estranha atitude condenar ao jejum os convidados às bodas enquanto duravam as solenidades nupciais?
Seria, pois, uma contradição extrema, porque não havia motivos para impor jejuns de devoção aos discípulos de Jesus enquanto ele, o esposo divino, estava entre eles. Mas, conforme prosseguiu o divino Mestre, não tardaria o dia em que o Noivo seria tirado violentamente do meio de seus amigos. Foi aí que Jesus enfatizou: Então, jejuarão.
Algo importante a ser observado: Jesus associou a alegria às bodas, à sua presença; e o jejum, à sua paixão e morte - tinha constantemente de abrir os olhos dos discípulos em relação à sua hora. Porém, o argumento de Jesus foi ainda mais admirável pelo fato de ele não censurar os jejuns dos fariseus nem os dos discípulos de João Batista, mas simplesmente exigir liberdade para seus discípulos em assuntos que a lei de Moisés não prescrevia. Para fortalecer sua tese, Jesus acrescentou novas considerações , não menos atrativas, apresentadas, em forma de breves parábolas, que na verdade são verdadeiros princípios.
JEJUADORES CÉLEBRES
- Daniel: Dn 9.3; 10.3.
- Davi: 2Sm 3.35; 12.23.
- Elias: 1Rs 19.7,8.
- Ester: Et 4.13-16.
- Moisés: Dt 9.9,18.
- Neemias: Ne 1.4.
JEJUM, diferentes motivos
- Busca de Deus: At 13.2,3.
- Comemoração de fatos especiais: Zc 8.19.
- Consagração pessoal: Sl 35.13; 69.10.
- Intercessão especial: Ed 8.23; Jr 36.6.
- Obras sobrenaturais: Mt 17,21.
- Sacrifício pessoal: Zc 7.5.
JEJUNS MENCIONADOS NO NT
- De Ana: Lc 2.37.
- Dos discípulos de João: Mt 9.14.
- Dos anciãos de Antioquia: At 13.1-5.
- De Cornélio: At 10.30.
- De Paulo: At 27.33,34.
- De Jesus: Mt 4.1-11.
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Parabéns muito bom o ensinamento eu acredito em um jejum de 24 horas por do sol ao por do sol um dia ao senhor.pois Jesus Cristo 40 dia e 40 noite Ester 3 dia e 3 noite mais não vi em nenhum lugar ainda que fala isto
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