JESUS, MESTRE DOS DISCÍPULOS!
Não sem razão Jesus quis, conforme observou Marcos, que seus apóstolos permanecessem continuamente com ele, desde a eleição. O próprio convívio constante com Jesus haveria de ser altamente educativo. Nunca houve na terra quem, nem de muito longe, possa ser comparado ao nosso Senhor Jesus Cristo. Sua distinção exterior, seus modos, sua linguagem e, sobretudo, sua perfeição moral, colocam-no infinitamente acima de todos os demais homens. Tendo, pois, sempre este modelo diante dos olhos, os apóstolos aprenderam a conhecê-lo, a estimá-lo cada vez mais e, consequentemente, a assimilar seu espírito e a imitá-lo.
As qualidades de Jesus eram extremamente puras e retas! Não impunham aos apóstolos nem austeridades, como as de João Batista, nem singularidades, como as dos fariseus. Tudo em Jesus exalava humildade, desprendimento, modéstia, confiança em Deus, santidade perfeita. Em sua escola, pois, os discípulos aprenderiam não o rígido formalismo farisaico, mas, sim, a verdadeira e sólida piedade. A compaixão do Mestre para com todos os que sofriam, sua misericórdia para com os pecadores e seu amor para com o seu Pai celestial construíam uma herança que não podia deixar de impressioná-los.
Boa parte da educação dos apóstolos também consistiu em testemunharem os milagres de seu Mestre. Se tão reiteradas maravilhas produziam nas multidões aquela vibrante impressão que várias vezes já observamos, era natural que produzissem dobrada impressão em quem via os milagres acontecerem sempre e de várias maneiras, como se o poder brotasse das mãos poderosas de Jesus.
Por meio dessas maravilhas, os apóstolos viam um argumento irrefutável que comprovava a messianidade de seu Mestre. Era forçoso que a fé dos discípulos se depurasse ao notarem que os milagres do Salvador eram de natureza muito diferente daqueles que os seus correligionários esperavam dele, além do fato de que vários desses milagres foram realizados também em benefício dos próprios apóstolos - por exemplo, a primeira e a segunda pesca milagrosa (Lc 5.1-7; Jo 21.1-11), o apaziguamento da tempestade (Mt 8.23-27), a caminhada de Jesus sobre as águas (Mt 14.25-32), a moeda achada na boca do peixe (Mt 17.24-27), a maldição da figueira (Mt 21.18,19; Mc 11.12-14) -, portanto teriam de exercer na alma deles particular influência.
Foram justamente essas obras do admirável Mestre que os discípulos contemplaram muito de perto e com demasiada frequência, num período de dois anos.
Sentimos nosso espírito vivamente comovido quando nos lembramos, ponto por ponto, o que foi para os apóstolos esta vida de comunhão com o mais perfeito dos mestres. Se participaram dos trabalhos, das fadigas e das privações dele, quão inefável alegria não saborearam também em sua santa e dulcíssima presença!
Certo dia, o próprio Jesus lhes felicitou pelo privilégio que somente a eles fora concedido: Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.(Mt 13:17)
Ficamos emocionados ao imaginar o que deve ter sido, para a natureza tão especial e delicada como a de Jesus, a vida em comum com aqueles homens rudes, por causa da anterior condição e profissão deles. Jesus também ficou privado de sua anterior liberdade e de sua aprazível solidão. Além disso, não era responsabilidade do Mestre providenciar tudo quanto fosse necessário para aqueles a quem havia pedido que abandonassem a profissão por meio da qual ganhavam o sustento?
Outro poderosíssimo ,meio da educação dos apóstolos foi o ensino de Jesus. É inegável que ele exerceu sobre os apóstolos considerável influência. Sua pregação, em geral, foi para os apóstolos, em primeiro termo, de grande proveito. Tudo o que aquele incomparável Doutor ensinava ao povo acerca do REINO DOS CÉUS, da natureza de Deus, de sua própria pessoa, da perfeição cristã, do amor fraternal e de sua futura Igreja, convinha principalmente aos discípulos e penetrava na mente e no coração deles, instruindo-os, capacitando-os.
Com muita frequência, Jesus sempre lhes propunha sua doutrina de forma especial, cuja finalidade era a formação apostólica dos escolhidos. Os evangelhos contêm um número considerável dessas instruções particulares, dessas lições tão concretas, tão cheias de vida, dirigidas somente aos apóstolos, por meio das quais seu Mestre lhes infundiu sua própria mente, demonstrou-lhes sua vontade, além de revelar-lhes a função presente e a futura deles; lições sobre a conduta deles que deveriam observar como pregadores do evangelho (Mt 10.41,42); lições de humildade (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45), de paciência (Mc 9.38-40; Lc 9.49,50), de bom exemplo (Mt 18.6-9; Mc 9.31-49).
Que riqueza de ensinamento no sermão acerca do fim dos tempos (Mt 24.1-44) e no sermão de despedida, pronunciados respectivamente no Cenáculo e no caminho para o Getsêmani (Jo 13--17)!
Quanto mais adiante estudarmos estes textos comoventes, entenderemos quão apropriadas eram as condições morais dos apóstolos e quanta paciência e boa influência foram utilizadas para a transformação que Jesus queria operar na vida deles.
Podemos perceber perfeitamente bem que, nas conversas familiares entre Cristo e os apóstolos, não havia ensinamento oculto algum propriamente dito, nada que, chegada a hora, não tivesse sido "preparado sobre os telhados", ou seja, com alguma restrição.
Jesus, este educador sem igual, sabia adaptar maravilhosamente suas instruções e seus conselhos às circunstâncias de cada caso. Ele revelava pouco a pouco e no momento oportuno aos seus discípulos aquelas verdades de difícil compreensão. Uma de suas repetidas frases pedagógicas era esta: Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora (Jo 16.12). Quando sua doutrina apresentava alguma dificuldade de ser entendida, o Mestre pacientemente dava aos apóstolos quantas explicações fossem necessárias (Mt 13.36-43; 16.5-12).
Quanto trabalho não lhe custou, às vezes, fazer penetrar no tardio espírito deles alguns ensinamentos fundamentais e singulares sobre a necessidade da paixão, da morte e da ressurreição do Messias! Talvez, Jesus se lamentasse por essa lentidão intelectual; mas é admirável com que ardor e delicadeza os evangelistas transcreveram estas queixas, tão pouco gloriosas para os apóstolos!
Outra observação que nos permite entrever a excelência da pedagogia do Salvador é com relação à perfeição moral, visto que ele não exigia dos apóstolos nada senão aquilo que facilmente poderiam cumprir imediatamente. Esperava que eles se tornassem mais fortes, para que pudesse pedir-lhes sacrifícios mais difíceis (Mt 9.14-17).
O meio que Jesus empregou com mais feliz sucesso para educar os apóstolos foi, certamente, o amor paternal com que sempre os rodeou. E como poderiam resistir à semelhante ternura e não conceder a um Mestre tão amoroso tudo quanto ele desejava? A liderança de Jesus foi sempre como a de um amigo extremamente afetuoso. Formavam uma família unida, cuja cabeça, sempre respeitada, era o próprio Jesus Cristo (Mt 10.24,25; 23.8-10; Jo 13.13,14).
O Salvador tratava os apóstolos com termos carinhosos e ternos; chamava-os de amigos (Lc 12.4; Jo 15.14,15), de irmãos (Mt 25.40; 28.10; Jo 20.17). e de filhinhos (Jo 13.33). Com amor paternal, Jesus tinha todo cuidado para que nada lhes faltasse, sem esquecer de conceder-lhes alguns dias de repouso depois de suas grandes fadigas (Mc 6.30,31).
A bondade de Jesus para com eles era inesgotável, como eloquentemente demonstra, por si mesma, aquela observação do evangelista João ao começar a descrever a cena em que Jesus lavou os pés dos discípulos: Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (Jo 13.1). E assim, na solene oração (A ORAÇÃO SACERDOTAL DO SENHOR) dirigida ao seu Pai, ao sair do Cenáculo (Jo 17.6,8,12), recapitulando o tempo que os apóstolos haviam passado com ele, podemos dizer que Jesus tinha cumprido, para com os doze, todas as suas obrigações.
Sua influência era sempre suave. Ele penetrava na alma deles como se fosse um doce perfume. É notável que Jesus nunca tenha violentado o temperamento moral dos discípulos, pois não queria modificar a personalidade individual deles. Ao contrário, sempre se preocupava em corrigir os defeitos morais dos apóstolos, mas deixando-lhes suas características pessoais.
O afeto de Jesus, no entanto, seria sempre firme e vigoroso, sem cair na rigidez. Para o próprio bem daqueles a quem preparava para um ofício tão elevado, o Mestre não deixava passar as ocasiões de corrigir as imperfeições deles. Em suas repreensões, alternava a justa severidade (Mt 16.22,23; Mc 8.32,33) com a sutil delicadeza. Quanta doçura não existe nestas palavras: E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora? (Mc 14.37), e quão muda a reprovação daquele olhar que penetrou até o fundo do coração de Pedro, depois que este o negou (Lc 22.61)!
Para os discípulos, sempre foi grata a companhia do Mestre, pois permitia-lhes certa familiaridade que, por outro lado, nem por um instante, deixou de ser de muito respeito. Sempre é motivo de admiração a lealdade e a franqueza, paralelas à suavidade, do método de educação empregado por Jesus.
Por mais que se leiam e releiam nas histórias de todas as revoluções religiosas ou políticas que ocorreram no mundo, em nenhuma delas se achará, entre os chefes e os seus correligionários, entre o fundador e os seus cooperadores, aquele divino caráter de perfeita e severa sinceridade que reinava nas ações e na linguagem de Jesus Cristo para com os seus apóstolos.
Jesus os escolheu e os amou, confiou-lhes a sua obra, mas não concordou com as fraquezas deles, não usou de reticências, nem de estímulos aduladores, nem de promessas ou de esperanças exageradas para educá-los. Jesus lhes falou a verdade, etão-somente a verdade; e, em nome da verdade, ensinou-lhes seus mandamentos e transmitiu-lhes sua missão. E esta pedagogia do Salvador para com os seus apóstolos deu infinitos e grandiosos frutos!
Boa parte da educação dos apóstolos também consistiu em testemunharem os milagres de seu Mestre. Se tão reiteradas maravilhas produziam nas multidões aquela vibrante impressão que várias vezes já observamos, era natural que produzissem dobrada impressão em quem via os milagres acontecerem sempre e de várias maneiras, como se o poder brotasse das mãos poderosas de Jesus.
Por meio dessas maravilhas, os apóstolos viam um argumento irrefutável que comprovava a messianidade de seu Mestre. Era forçoso que a fé dos discípulos se depurasse ao notarem que os milagres do Salvador eram de natureza muito diferente daqueles que os seus correligionários esperavam dele, além do fato de que vários desses milagres foram realizados também em benefício dos próprios apóstolos - por exemplo, a primeira e a segunda pesca milagrosa (Lc 5.1-7; Jo 21.1-11), o apaziguamento da tempestade (Mt 8.23-27), a caminhada de Jesus sobre as águas (Mt 14.25-32), a moeda achada na boca do peixe (Mt 17.24-27), a maldição da figueira (Mt 21.18,19; Mc 11.12-14) -, portanto teriam de exercer na alma deles particular influência.
Foram justamente essas obras do admirável Mestre que os discípulos contemplaram muito de perto e com demasiada frequência, num período de dois anos.
Sentimos nosso espírito vivamente comovido quando nos lembramos, ponto por ponto, o que foi para os apóstolos esta vida de comunhão com o mais perfeito dos mestres. Se participaram dos trabalhos, das fadigas e das privações dele, quão inefável alegria não saborearam também em sua santa e dulcíssima presença!
Certo dia, o próprio Jesus lhes felicitou pelo privilégio que somente a eles fora concedido: Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.(Mt 13:17)
Ficamos emocionados ao imaginar o que deve ter sido, para a natureza tão especial e delicada como a de Jesus, a vida em comum com aqueles homens rudes, por causa da anterior condição e profissão deles. Jesus também ficou privado de sua anterior liberdade e de sua aprazível solidão. Além disso, não era responsabilidade do Mestre providenciar tudo quanto fosse necessário para aqueles a quem havia pedido que abandonassem a profissão por meio da qual ganhavam o sustento?
Outro poderosíssimo ,meio da educação dos apóstolos foi o ensino de Jesus. É inegável que ele exerceu sobre os apóstolos considerável influência. Sua pregação, em geral, foi para os apóstolos, em primeiro termo, de grande proveito. Tudo o que aquele incomparável Doutor ensinava ao povo acerca do REINO DOS CÉUS, da natureza de Deus, de sua própria pessoa, da perfeição cristã, do amor fraternal e de sua futura Igreja, convinha principalmente aos discípulos e penetrava na mente e no coração deles, instruindo-os, capacitando-os.
Com muita frequência, Jesus sempre lhes propunha sua doutrina de forma especial, cuja finalidade era a formação apostólica dos escolhidos. Os evangelhos contêm um número considerável dessas instruções particulares, dessas lições tão concretas, tão cheias de vida, dirigidas somente aos apóstolos, por meio das quais seu Mestre lhes infundiu sua própria mente, demonstrou-lhes sua vontade, além de revelar-lhes a função presente e a futura deles; lições sobre a conduta deles que deveriam observar como pregadores do evangelho (Mt 10.41,42); lições de humildade (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45), de paciência (Mc 9.38-40; Lc 9.49,50), de bom exemplo (Mt 18.6-9; Mc 9.31-49).
Que riqueza de ensinamento no sermão acerca do fim dos tempos (Mt 24.1-44) e no sermão de despedida, pronunciados respectivamente no Cenáculo e no caminho para o Getsêmani (Jo 13--17)!
Quanto mais adiante estudarmos estes textos comoventes, entenderemos quão apropriadas eram as condições morais dos apóstolos e quanta paciência e boa influência foram utilizadas para a transformação que Jesus queria operar na vida deles.
Papiro, planta aquática
fartamente encontrada
no delta do Nilo.
Era utilizada principalmente
na produção do papiro,
na preparação dos livros
no Egito antigo.
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Jesus, este educador sem igual, sabia adaptar maravilhosamente suas instruções e seus conselhos às circunstâncias de cada caso. Ele revelava pouco a pouco e no momento oportuno aos seus discípulos aquelas verdades de difícil compreensão. Uma de suas repetidas frases pedagógicas era esta: Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora (Jo 16.12). Quando sua doutrina apresentava alguma dificuldade de ser entendida, o Mestre pacientemente dava aos apóstolos quantas explicações fossem necessárias (Mt 13.36-43; 16.5-12).
Quanto trabalho não lhe custou, às vezes, fazer penetrar no tardio espírito deles alguns ensinamentos fundamentais e singulares sobre a necessidade da paixão, da morte e da ressurreição do Messias! Talvez, Jesus se lamentasse por essa lentidão intelectual; mas é admirável com que ardor e delicadeza os evangelistas transcreveram estas queixas, tão pouco gloriosas para os apóstolos!
Outra observação que nos permite entrever a excelência da pedagogia do Salvador é com relação à perfeição moral, visto que ele não exigia dos apóstolos nada senão aquilo que facilmente poderiam cumprir imediatamente. Esperava que eles se tornassem mais fortes, para que pudesse pedir-lhes sacrifícios mais difíceis (Mt 9.14-17).
O meio que Jesus empregou com mais feliz sucesso para educar os apóstolos foi, certamente, o amor paternal com que sempre os rodeou. E como poderiam resistir à semelhante ternura e não conceder a um Mestre tão amoroso tudo quanto ele desejava? A liderança de Jesus foi sempre como a de um amigo extremamente afetuoso. Formavam uma família unida, cuja cabeça, sempre respeitada, era o próprio Jesus Cristo (Mt 10.24,25; 23.8-10; Jo 13.13,14).
O Salvador tratava os apóstolos com termos carinhosos e ternos; chamava-os de amigos (Lc 12.4; Jo 15.14,15), de irmãos (Mt 25.40; 28.10; Jo 20.17). e de filhinhos (Jo 13.33). Com amor paternal, Jesus tinha todo cuidado para que nada lhes faltasse, sem esquecer de conceder-lhes alguns dias de repouso depois de suas grandes fadigas (Mc 6.30,31).
A bondade de Jesus para com eles era inesgotável, como eloquentemente demonstra, por si mesma, aquela observação do evangelista João ao começar a descrever a cena em que Jesus lavou os pés dos discípulos: Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (Jo 13.1). E assim, na solene oração (A ORAÇÃO SACERDOTAL DO SENHOR) dirigida ao seu Pai, ao sair do Cenáculo (Jo 17.6,8,12), recapitulando o tempo que os apóstolos haviam passado com ele, podemos dizer que Jesus tinha cumprido, para com os doze, todas as suas obrigações.
Sua influência era sempre suave. Ele penetrava na alma deles como se fosse um doce perfume. É notável que Jesus nunca tenha violentado o temperamento moral dos discípulos, pois não queria modificar a personalidade individual deles. Ao contrário, sempre se preocupava em corrigir os defeitos morais dos apóstolos, mas deixando-lhes suas características pessoais.
O afeto de Jesus, no entanto, seria sempre firme e vigoroso, sem cair na rigidez. Para o próprio bem daqueles a quem preparava para um ofício tão elevado, o Mestre não deixava passar as ocasiões de corrigir as imperfeições deles. Em suas repreensões, alternava a justa severidade (Mt 16.22,23; Mc 8.32,33) com a sutil delicadeza. Quanta doçura não existe nestas palavras: E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora? (Mc 14.37), e quão muda a reprovação daquele olhar que penetrou até o fundo do coração de Pedro, depois que este o negou (Lc 22.61)!
Para os discípulos, sempre foi grata a companhia do Mestre, pois permitia-lhes certa familiaridade que, por outro lado, nem por um instante, deixou de ser de muito respeito. Sempre é motivo de admiração a lealdade e a franqueza, paralelas à suavidade, do método de educação empregado por Jesus.
Por mais que se leiam e releiam nas histórias de todas as revoluções religiosas ou políticas que ocorreram no mundo, em nenhuma delas se achará, entre os chefes e os seus correligionários, entre o fundador e os seus cooperadores, aquele divino caráter de perfeita e severa sinceridade que reinava nas ações e na linguagem de Jesus Cristo para com os seus apóstolos.
Jesus os escolheu e os amou, confiou-lhes a sua obra, mas não concordou com as fraquezas deles, não usou de reticências, nem de estímulos aduladores, nem de promessas ou de esperanças exageradas para educá-los. Jesus lhes falou a verdade, etão-somente a verdade; e, em nome da verdade, ensinou-lhes seus mandamentos e transmitiu-lhes sua missão. E esta pedagogia do Salvador para com os seus apóstolos deu infinitos e grandiosos frutos!
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Obrigado por comentar! Fica na paz!
E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11