AS PEREGRINAÇÕES DE JESUS
O evangelho nos diz expressamente que Jesus empreendeu viagens maiores na Galileia, quando, ao parar nas cidades e aldeias que encontrava pelo caminho, pregava e ensinava em todas elas. Os doze apóstolos sempre iam com ele. Também faziam parte de sua comitiva algumas mulheres, que se prendiam a Jesus e aos apóstolos pelos laços da gratidão.Eram justamente essas santas mulheres que cuidavam do alimento necessário a esse grupo de peregrinos (Lc 8.1-3).
Ao tratar desse assunto, os evangelistas se referem aos costumes das caravanas que, ainda hoje, os nativos dessa região costumam observar nas viagens que fazem. |Normalmente, os viajantes juntam-se em grupos por causa das incertezas do caminho e formam uma espécie de comunidade. Caso a viagem seja demorada, os grupos estabelecem ordens: determinados homens ficam encarregados de alguns trabalhos e também das compras e informações necessárias. Às mulheres, compete a preparação das refeições e os reparos das roupas.
Voltando às viagens de Jesus, Ele, nas diversas estações do ano, caminhava pelas montanhas e planaltos da Galileia. Na primavera, as ribanceiras em redor dos campos cultivados ficam cobertas das mais lindas flores: narcisos, anêmonas, lírios, tulipas e outras. O céu azulado brilha em todo o seu esplendor.
No verão, devido ao mormaço, o terreno fica seco, e a seara amadurece, primeiro junto ao lago, depois nas ribanceiras e planaltos. O viajante passa por campos em que se podem ouvir os cânticos dos ceifeiros e dos trabalhadores encarregados de amarrarem os feixes. As mulheres respigadoras se inclinam, com o rosto afogueado, sobre os grãos a cintilar no solo ressequido e duro.
Vêem-se jumentos carregados de feixes de trigo amarrados em seus lombos e camelos andando vagarosamente. Ao se encontrarem, as pessoas saúdam umas às outras: "A paz esteja convosco". E a resposta vem logo em seguida: "Convosco esteja a paz".
Passemos, agora, à vida nos campos, onde se encontram os montes de trigo já colhido. Jumentos e camelos são atrelados, e um rapaz, montado sobre um deles, os guia sobre as camadas de trigo. O rolo que passam por sobre as espigas faz que os grãos se desprendam e sejam jogados na massa já triturada.
Devido ao forte calor, as pessoas são obrigadas a repousar sob a sombra das oliveiras. O solo parece arder em chamas. Como sentem pouca fome, um pouco de grão é suficiente para as pessoas se alimentarem. O que não pode deixar de existir nas proximidades do lugar de repouso é uma nascente de água ou poço.
Essas viagens são cansativas. O caminho ora coberto de uma poeira esbranquiçada ou cinzenta, ora assemelha-se ao leito de arroio cheio de pedregulhos e pontas de rochas vivas, que se tem de atravessar. É um alívio quando, à tarde, começa a soprar a viração do mar. Os ciprestes, então, agitam-se suavemente.
As folhagens das videiras parecem chamas esverdeadas em forma de línguas sobre o solo ressequido. O sussurro do vento lembra o murmúrio de um córrego.
As pessoas então, nesse período do dia mais fresco, começam a conversar com maior vivacidade. No Ocidente, o céu assume um colorido dourado, e no Oriente fica de cor púrpura. O Sol, agora, vai desaparecendo. Caso avistem nas proximidades as construções de uma cidade ou de um castelo, à guisa de um sonho dourado, as pessoas apressam o passo para alcançá-las quanto antes. Em caso contrário, reclinam-se no lugar em que se encontram e dormem ali mesmo. Uma pedra, tal como aconteceu com o patriarca Jacó (Gn 28.11), serve de travesseiro. A abóboda celeste conserva ainda por várias horas seu colorido profundamente azul.
Ouve-se, ao longe, o urrar dos jumentos e, em seguida, os cachorros começam a agitar-se e depois a latir, para em seguida começarem, em grupo, a vaguear pelas vizinhanças, enquanto as cigarras cantam nos troncos das árvores. Era assim que prosseguia a vida daqueles que faziam esse tipo de viagem em caravanas.
Ao tratar desse assunto, os evangelistas se referem aos costumes das caravanas que, ainda hoje, os nativos dessa região costumam observar nas viagens que fazem. |Normalmente, os viajantes juntam-se em grupos por causa das incertezas do caminho e formam uma espécie de comunidade. Caso a viagem seja demorada, os grupos estabelecem ordens: determinados homens ficam encarregados de alguns trabalhos e também das compras e informações necessárias. Às mulheres, compete a preparação das refeições e os reparos das roupas.
Voltando às viagens de Jesus, Ele, nas diversas estações do ano, caminhava pelas montanhas e planaltos da Galileia. Na primavera, as ribanceiras em redor dos campos cultivados ficam cobertas das mais lindas flores: narcisos, anêmonas, lírios, tulipas e outras. O céu azulado brilha em todo o seu esplendor.
No verão, devido ao mormaço, o terreno fica seco, e a seara amadurece, primeiro junto ao lago, depois nas ribanceiras e planaltos. O viajante passa por campos em que se podem ouvir os cânticos dos ceifeiros e dos trabalhadores encarregados de amarrarem os feixes. As mulheres respigadoras se inclinam, com o rosto afogueado, sobre os grãos a cintilar no solo ressequido e duro.
Vêem-se jumentos carregados de feixes de trigo amarrados em seus lombos e camelos andando vagarosamente. Ao se encontrarem, as pessoas saúdam umas às outras: "A paz esteja convosco". E a resposta vem logo em seguida: "Convosco esteja a paz".
Passemos, agora, à vida nos campos, onde se encontram os montes de trigo já colhido. Jumentos e camelos são atrelados, e um rapaz, montado sobre um deles, os guia sobre as camadas de trigo. O rolo que passam por sobre as espigas faz que os grãos se desprendam e sejam jogados na massa já triturada.
Devido ao forte calor, as pessoas são obrigadas a repousar sob a sombra das oliveiras. O solo parece arder em chamas. Como sentem pouca fome, um pouco de grão é suficiente para as pessoas se alimentarem. O que não pode deixar de existir nas proximidades do lugar de repouso é uma nascente de água ou poço.
Essas viagens são cansativas. O caminho ora coberto de uma poeira esbranquiçada ou cinzenta, ora assemelha-se ao leito de arroio cheio de pedregulhos e pontas de rochas vivas, que se tem de atravessar. É um alívio quando, à tarde, começa a soprar a viração do mar. Os ciprestes, então, agitam-se suavemente.
As folhagens das videiras parecem chamas esverdeadas em forma de línguas sobre o solo ressequido. O sussurro do vento lembra o murmúrio de um córrego.
As pessoas então, nesse período do dia mais fresco, começam a conversar com maior vivacidade. No Ocidente, o céu assume um colorido dourado, e no Oriente fica de cor púrpura. O Sol, agora, vai desaparecendo. Caso avistem nas proximidades as construções de uma cidade ou de um castelo, à guisa de um sonho dourado, as pessoas apressam o passo para alcançá-las quanto antes. Em caso contrário, reclinam-se no lugar em que se encontram e dormem ali mesmo. Uma pedra, tal como aconteceu com o patriarca Jacó (Gn 28.11), serve de travesseiro. A abóboda celeste conserva ainda por várias horas seu colorido profundamente azul.
Ouve-se, ao longe, o urrar dos jumentos e, em seguida, os cachorros começam a agitar-se e depois a latir, para em seguida começarem, em grupo, a vaguear pelas vizinhanças, enquanto as cigarras cantam nos troncos das árvores. Era assim que prosseguia a vida daqueles que faziam esse tipo de viagem em caravanas.
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E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11