Esse período também é rico em acontecimentos, mas, por sua natureza, difere muito do terceiro e ainda mais do segundo. O favor e o apoio popular a Jesus foram sucedidos pela frieza e indiferença de muitos. Seus inimigos não se ocultavam e, quando se sentiram mais poderosos, tornaram-se mais ousados. Foi por esse motivo que Jesus, com frequência, afastou-se das pessoas. Seus milagres foram raros, e Sua principal tarefa constituiu em concluir a preparação dos Doze. Apesar de tudo isso, não faltaram fatos gloriosos durante este último ano da vida do Salvador.
1ª SEÇÃO: LONGA VIAGEM DE CRISTO ÀS REGIÕES FENÍCIAS E À ALTA GALILEIA
Desde o começo de Seu ministério público, Jesus se opôs aos escribas e aos fariseus quanto às contínuas abluções, de tendência supersticiosa, que haviam sido impostas pela "tradição dos antigos".
Nesse período, Jesus inicia uma viagem importante: vai da Galileia Inferior, onde habitualmente morava, a oeste, até os territórios de Tiro e Sidom. Ali, cura a filha da mulher cananeia e, depois de atravessar a Galileia Superior, segue em direção ao sul e chega a Decápolis, às margens do lago de Tiberíades, onde realiza várias curas e o milagre da segunda multiplicação dos pães. Alguns episódios de menor importância datam também dessa época.
2ª SEÇÃO: ÁPICE GLORIOSO DO MINISTÉRIO DE JESUS
Dois grandiosos acontecimentos ocorrem em seguida. Adiantando-se para o norte, até Cesareia de Filipos, não longe das fontes do Jordão, Jesus propôs aos apóstolos Sua célebre pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou? (Mt 16.15) Pedro respondeu com sua famosa confissão: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo (v.16). Nesse mesmo tempo, Jesus concluiu que chegara a hora de anunciar claramente aos seus discípulos a Sua iminente Paixão, a fim de prepará-los para aqueles dias muito difíceis. Seis dias depois, aconteceu o grande mistério da transfiguração de Cristo e, ao pé da montanha que serviu de cenário para aquele fato, a cura de um jovem possesso.
Durante uma nova viagem à Galileia, Jesus profetizou, pela segunda vez e oficialmente, aos Seus apóstolos Sua Paixão e morte. Ao entrar de novo em Cafarnaum, Ele predisse que Pedro acharia um estáter na boca de um peixe a ser pescado, a fim de pagar o imposto (Mt 17.27). E, mais do que nunca, Jesus se dedicou à preparação dos apóstolos, aos quais transmitiu preciosas lições sobre como deveriam se conduzir no presente e no futuro.
3ª SEÇÃO: DA SOLENIDADE DAS FESTAS DOS TABERNÁCULOS E DA DEDICAÇÃO
Jesus deixou definitivamente a Galileia e foi para Jerusalém, a fim de celebrar ali a popular Festas dos Tabernáculos. Estava acompanhado de setenta e dois discípulos, com os quais havia formado um grupo especial, a fim de anunciar as boas novas de salvação, tal como os apóstolos haviam feito antes. Quando retornaram ao Mestre, os setenta deram alegres notícias do bom resultado de sua pregação. A parábola do bom samaritano abre a segunda série desta primorosa forma de ensinamento do Salvador.
Em seguida, encontramos Jesus em Betânia, na casa de Marta e Maria. Depois, Ele aparece nos pátios do Templo, já na metade da Festa dos Tabernáculos, instruindo o povo. João conservou um excelente resumo da pregação do Mestre naquele lugar, entrelaçada pelo episódio da mulher adúltera.
Durante a Festa da Dedicação, Jesus curou um cego de nascença e pregou sobre o Bom Pastor. Nessa época, deu uma série de importantes lições aos Seus discípulos e à multidão sobre diversos pontos relevantes, além de curar a mulher encurvada, o hidrópico e os dez leprosos, pronunciando, em seguida, as parábolas do segundo grupo.
Imediatamente após, Jesus foi para a província da Peréia, por onde haveria de passar várias vezes, mas sem deter-Se ali. Em uma de Suas passagens rápidas por essa província, os evangelistas mencionam uma discussão entre Ele, os fariseus e os discípulos com relação ao patrimônio, a apresentação de várias parábolas, a benção das crianças e o lamentável procedimento do jovem rico, que recusou o convite do Salvador.
4ª SEÇÃO: DA FESTA DA DEDICAÇÃO ATÉ A ÚLTIMA PÁSCOA DA VIDA PÚBLICA DE JESUS
Os acontecimentos precipitam-se. Após a Festa da Dedicação, Jesus deixou rapidamente Jerusalém, onde, por causa do crescente ódio de Seus inimigos, não gozava de segurança. E fiel ao Seu plano de não apressar o momento assinalado por Seu Pai celestial para a consumação do Seu sacrifício, Jesus saiu novamente em busca de abrigo na tranquila Peréia, onde foi acolhido carinhosamente. Mas logo a deixou, pois foi chamado para ir a Betânia, na Judeia, para curar Seu amigo Lázaro, que Ele acabou por ressuscitar. A Páscoa já era muito próxima. Então, Ele se refugiou na pequena cidade de Efraim, que, pelo que parece, estava situada também na Judeia.
Nos últimos dias anteriores à Páscoa, Jesus foi para Jerusalém, onde, uma vez mais, falou a respeito de Sua morte e de Sua ressurreição aos apóstolos, cujos sentimentos terrenos e ambiciosos Jesus teve novamente de reprimir. Em Jericó, para onde havia descido, Jesus convidou a Si mesmo para comer na casa do publicano Zaqueu e curou dois cegos. Seis dias da Páscoa, o Mestre estava em Betânia, na casa de Seus amigos que, em Sua honra, celebraram um solene banquete, durante o qual Maria ungiu Jesus.
Este é um brevíssimo resumo do que vamos comentar nas páginas a seguir. Isso facilitará muito o estudo que o leitor fará da vida do nosso Salvador daqui para a frente.
OS PONTOS CULMINANTES DA VIDA PÚBLICA DE JESUS:
Bom estudo! Paz!
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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11