O Templo foi construído
com pedras
e madeira de cedro trazida
das florestas do Líbano.
Este bosque de cedros
é um dos poucos
que ainda restam hoje no Líbano.
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O Templo de Salomão e suas reconstruções
O grande desejo de Davi era construir um templo para Deus, mas isto só viria a ser realidade no tempo de seu filho Salomão.
Era natural que um rei poderoso honrasse seu Deus desta forma, e o tabernáculo existente proporcionava o padrão para um santuário centralizado. O terreno que Davi comprou para essa finalidade ficava onde hoje se encontra a mesquita de Omar ("Haram es-Sherif"), em Jerusalém. A crosta rochosa bem no centro talvez fosse o local onde ficava o altar dos holocaustos.
O Templo de Salomão
As descrições detalhadas em 1Rs 6--7 e 2Cr 3--4 dão um retrato quase completo do Templo. Isto é complementado pela evidência das descobertas arqueológicas. A planta do tabernáculo foi ampliada pelo acréscimo de um pórtico, sendo que os três cômodos resultantes formavam uma estrutura semelhante a alguns dos templos dos cananeus (p. ex., em Hazor e Ras Shamra). Isto pode ter sido obra dos construtores fenícios que foram contratados por Salomão. Uma séria de depósitos em três andares cercava o Lugar Santo. Nas laterais da entrada havia duas colunas cuja função é desconhecida.
A comparação com o templo de Ezequiel sugere que o prédio inteiro ficava numa plataforma elevada em relação ao nível do pátio.
Antes de subir os degraus para entrar no santuário, o sacerdote em exercício teria que ter atravessado o pátio, passado ao lado do grande altar de bronze para os sacrifícios (cerca de 10 m², 3 m de altura) e o enorme tanque de bronze apoiado sobre os doze touros.
A madeira a ser usada na
construção do Templo foi
transportada ao longo da costa,
em barcos fenícios.
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Neste recinto ele podia ver o altar do incenso, todo dourado, a mesa dos pães da proposição, e cinco pares de candelabros. Luz adicional entrava por uma série de janelas no alto da parede. Os pés do oficiante pisavam um chão revestido com ouro . E se ele pudesse olhar para dentro no Lugar Santíssimo, este lhe aparecia todo reluzente de ouro, com luz que penetrava através da porta de entrada. Mas esta era aberta apenas raramente, talvez somente para a cerimônia anual da expiação. Os motivos decorativos são bem conhecidos a partir dos entalhes fenícios em marfim e bronze dos séculos anteriores e posteriores a época de Salomão. E os reis egípcios e babilônios se orgulhavam de ornamentar seus templos com paredes, portas e mobília revestidas de ouro.
Uma das reconstruções do Templo
se deu por volta de 19 a.C. quando
o ambicioso rei Herodes
começou sua obra de construção.
O templo era maior que
o do rei Salomão, mas seguia a
mesma planta e era ricamente
decorado, com paredes
revestidas de ouro.
(Veja "O Templo de Herodes"
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O Templo de Salomão foi destruído por Nabucodonosor em 587 a.C. Grande parte das suas riquezas já havia sido tirada anteriormente e entregue como tributo a conquistadores estrangeiros que ameaçavam Judá.
O Templo reconstruído
O povo desanimado que se encontrava no exílio, na Babilônia, foi consolado e animado com a visão que Ezequiel teve de um novo templo (Ez 40--44). Ezequiel faz uma descrição minuciosa desse Templo, incluindo detalhes a respeito do pátio que não aparecem no relato da obra de Salomão.
Este santuário jamais foi construído, mas os exilados que retornaram por volta de 537 a.C., após alguma demora, completaram a reconstrução do antigo em 515 a.C. O pouco que sabemos sobre ele mostra que seguia de perto a planta do templo anterior. Quanto ao esplendor, era uma pálida imitação do Templo de Salomão. Nada sobreviveu do primeiro templo. Mas um muro de pedra que se ergue no alto do vale do Cedrom, no lado leste, pode ser parte da plataforma sobre a qual foi erguido o segundo templo, e que o rei Herodes incorporou nos muros de sua construção.
O caráter cosmopolita da Jerusalém do período após o exílio trouxe dificuldades a Neemias, possibilitando a não-judeus fácil acesso ao recinto sagrado (Ne 13.4-9). Isto provavelmente resultou na separação de um pátio externo, ficando o acesso ao pátio interior restrito aos judeus. Essa divisão existia, com certeza, no templo de Herodes. Foram encontrados dois blocos de pedras contendo inscrições de advertência aos gentios: se passassem daquele ponto, seria por sua conta e risco (veja também At 21.17-36).
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