O SÉTIMO SELO
CONTINUAÇÃO
6. A sexta trombeta (Ap 9.13-21). Como já mencionamos, parece que João descreve dois tipos de demônios que invadirão a terra durante a tribulação. A sexta trombeta agora anuncia a segunda invasão.
a) Os líderes dessa invasão: quatro anjos satânicos especiais.
Eles podem ter funções em relação a Satanás que podem ser comparadas às que os quatro seres viventes têm em relação a Deus (Ap 4.6-8).
b) Os exércitos dessa invasão.
(1) Eles têm 200 milhões em número. Em medidas gerais, esse poderoso exército poderia ocupar um território de 1,5 quilômetro de largura e 140 quilômetros de comprimento.
(2) A descrição.
Esses demônios, diferentemente da primeira invasão, parecem estar montados em algum tipo de cavalo infernal. A cabeça dos cavalos parece muito com a de um leão, com fumaça, fogo e enxofre saindo da boca. Os cavaleiros usam armaduras vermelho fogo.
c) A fonte dessa invasão.
O rio Eufrates: foi nele que o mal começou na terra (Gn 3; Zc 5.8-11), onde a falsa religião começou (Gn 4.3; 10.9,10; 11.4) e onde terá fim (Ap 17--18).
d) A duração da invasão: 13 meses.
e) O dano trazido pela invasão.
Um terço da humanidade será morto pelo fogo, fumaça e enxofre. Um quarto já havia sido morto pelo quarto selo (Ap 6.8). Isso somaria aproximadamente um bilhão. Agora, um terço é morto, que significa que mais um milhão morrerá. A invasão é, portanto, o oposto do julgamento da quinta trombeta, em que nenhum homem conseguia morrer.
f) Os resultados da invasão (Ap 9.20,21).
A essa altura, metade da população mundial foi dizimada. E qual é a reação dos sobreviventes? Total falta de arrependimento e aumento da rebelião. Esse ano, provavelmente, verá um aumento de 1000% na idolatria, assassinato, crimes relacionados as drogas (a palavra feitiçaria vem do grego, pharmakeion, de onde vem a palavra farmácia; é a palavra grega para drogas), sexo, perversidades e roubos.
C- Os parênteses (Ap 10.1-11).
- João agora vê um poderoso anjo segurando um pequeno livro.
- Quem é ele? Aparentemente, não é Jesus, pois ele jurou por aquele que vive para todo o sempre (Ap 10.6). Se ele fosse Cristo, teria jurado por si mesmo (veja Hb 6.13). Ele também pode ser o arcanjo Miguel (veja Dn 12.1). Ele provavelmente é o mesmo anjo referido em Apocalipse 5.2; 7.2; 8.3; 18.2.
- O que ele tem? Um pequeno livro aberto. Este provavelmente é o livro de sete selos de Apocalipse 5.1.
- O que ele diz? Ele anuncia que não haverá mais demora para cair sobre a terra o derradeiro e terrível martelo do julgamento de furor de Deus. Ele também ordena que João consuma o pequeno livro, prevendo que será doce na boca, mas amargo no ventre. A essa altura, João havia visto a primeira parte da tribulação, e, de fato, foi doce testemunhar os ímpios gentios recebendo a justa punição. Mas agora ele poderá visualizar os últimos três anos e meio da tribulação, período que começará com o massacre completo de Israel pelo anticristo. Isso era de fato um amargo remédio para ele.
- João agora ouve o som de sete trovões (Ap 10.4). William R. Newell pergunta-se, diante desses incríveis mistérios: Lembramo-nos de o Deus da glória troveja (Sl 29) e de Jó 26.14: quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem, pois, entenderia o trovão do seu poder?, e de Jó 37.5: Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas que nós não compreendemos. De fato, o Salmo 29 é um chocante comentário sobre os setes trovões de Apocalipse. Começando no versículo 3, A voz do SENHOR ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja, o termo "a voz do SENHOR" é repetido exatamente sete vezes! [...] É bom observar que o que os sete trovões bradaram é somente parte de todo o livro de Apocalipse, que é selado (veja Ap 22.10). Existe uma perfeita, poderosa e secreta operação do poder de Deus em julgamento, assim como na salvação (leia Dt 29.29). Provavelmente, um dia, compreenderemos essa mensagem selada (Revelation. Moody Pres.p.142).
- João agora mede o templo de Deus (Ap 11.1,2). Aqui, João é colocado para trabalhar com uma vara de medir (veja Ez 40.5), medindo o Templo da tribulação. Ele também deve registrar a identidade de seus adoradores. Deus está sempre interessado em quem o adora. Entretanto, o átrio externo deveria ser deixado de fora: porque foi dado às nações, e pisarão a Cidade Santa por quarenta e dois meses (Ap 11.2). (Veja também Lc 21.24, onde Jesus profetizou isso. O período final de 42 meses da tribulação é citado em Dn 7.25; 12.7; Ap 12.6,14; 13.5)
- O sétimo anjo proclama as gloriosas notícias de que em breve o Senhor Jesus Cristo irá dominar as nações deste mundo como seu governante de direito.
- Esse anúncio produz uma reação dupla. a) Os cidadãos do céu alegram-se. b) As nações da terra iram-se.
- O sétimo anjo prepara-nos não só para a consumação dos anos, mas também para a explicação de todas as coisas (Ap 10.7).
Quais são os quatro anúncios celestiais especiais que serão feitos após o julgamento do último selo?
A- Os três anúncios do santo anjo.
1) A primeira mensagem (Ap 14.6,7).
Nesse versículo, temos algo completamente único - um anjo de Deus pregando o evangelho para os pecadores! Até então, Deus usou somente homens para alcançar outros homens (At 1.8; 2Co 4.7; 2Pe 1.21). Mas agora, devido à severidade da tribulação, anjos serão usados. Portanto, Deus, assim como Paulo, fez-se tudo para todos, a fim de que fosse capaz de salvar alguns (1Co 9.22).
2) A segunda mensagem (Ap 14.8).
Essa segunda mensagem serve para anunciar a destruição iminente da Babilônia política e econômica (veja Ap 18).
3) A terceira mensagem (Ap 14.9-11).
Aqui, temos a última mensagem de fogo e enxofre do inferno que será pregada aos não salvos, mas ela não é entregue por um Jonathan Edwards ou um Billy Sunday, mas por um anjo. Aparentemente, ninguém responde ao convite. Aqui, Deus irá derramar Sua pura ira, algo que Ele fez apenas uma vez sobre Cristo no Calvário. Como é trágico o fato de Cristo ter bebido dessa mesma taça pelos mesmos pecadores que não se arrependeram e agora têm de tomar dele novamente.
B- O anúncio do Espírito Santo (Ap 14.13).
Até esse período da história, a regra geral era bem-aventurados são os vivos (veja Ec 9.4; Fp 1.23,24). Mas agora é melhor que os crentes morram.
Qual a natureza das sete taças (ou frascos) de julgamento de ira?
A- A primeira taça de julgamento (Ap 16.2).
J.Vernon McGee caracteriza isso como um ataque biológico:
Deus está em uma guerra biológica contra os seguidores do anticristo. [...] Essas chagas pútridas são piores que lepra ou câncer. Isso se compara à sexta praga do Egito e é o mesmo tipo de sarna ou úlcera (Êx 9.8-12). (Reveling through Revelation.p.36).
B- A segunda taça de julgamento (Ap 16.3).
Dr. Charles Ryrie descreve esse evento brutal:
A segunda taça é derramada no mar, resultando na água do mar tornando-se sangue e na morte de todos os seres vivos do mar. O como está posicionado incorretamente na Versão Autorizada, pois a leitura correta é se tornou em sangue como de um morto. A vívida imagem é a de uma pessoa morta chafurdando no próprio sangue. Os mares irão revolver-se em sangue. Sob a segunda trombeta, um terço das criaturas do mar morreu (Ap 8.9); agora, a destruição está completa. O odor e a doença que isso irá causar na beira dos mares da terra são inimagináveis. (Revelation. Moody Press, 1968.p.97).
C- A terceira taça de julgamento (Ap 16.4-7).
Duas coisas importantes podem ser enfatizadas nesses versículos:
1) A terceira taça de julgamento é, entre outras coisas, uma resposta ao clamor dos mártires sob o altar no início da tribulação. Sua oração naquela época era: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? (Ap 6.10).
2) Esses versículos indicam que Deus nomeou um anjo especial como superintendente da água da terra. Quando comparamos isso com Apocalipse 7.1, onde se diz que quatro anjos controlam os ventos da terra, percebemos que, mesmo durante o inferno da tribulação, esse mundo ainda é controlado por Deus.
D- O julgamento da quarta taça (Ap 16.8,9). (Veja também Dt 32.24; Is 24.6; 4225; Ml 4.1; Lc 21.25).
Talvez as duas passagens mais esclarecedoras das Escrituras sobre a completa perversidade do homem podem ser encontradas em Apocalipse 9.20,21 e 16.9. Os dois trechos lidam com a opinião do mundo sobre Deus durante a tribulação.
O que esses versículos provam? Eles provam que, apesar das terríveis guerras, terríveis fomes, de céus em trevas, de fogos consumidores, de mares sangrentos, de gafanhotos peçonhentos, de perseguições demoníacas, de poderosos terremotos, de estrelas cadentes, de chagas cancerígenas, a humanidade pecadora ainda não se arrependia.
E- A quinta taça de julgamento (Ap 16.10,11). (Veja também Is 60.2; Jl 2.1,2,31; Am 5.18; Ne 1.6,8; Sf 1.15).
Essa praga, derramada sobre o trono da besta, aparentemente irá concentrar-se nas dez nações do Império Romano ressuscitado. Novamente, lemos as trágicas palavras e não se arrependeram das suas obras.
F- A sexta taça de julgamento (Ap 16.12-14).
Aqui, o Deus do céu inicia uma guerra psicológica contra seus inimigos, condicionando-os a reunirem-se, em um futuro próximo, no Armagedom.
O rio Eufrates tem 2,9 Km de comprimento e 1 Km de largura em certas partes. Ele tem nove metros de profundidade. Esse rio foi a linha que divide a civilização oriental da ocidental desde o início da história. Ele serviu de fronteira leste do antigo Império Romano. Portanto, o Eufrates tornou-se o berço e também a cova da civilização humana. Aqui, a primeira cidade sem Deus (Enoque, construída por Caim; veja Gn 4.16,17) subiu, e aqui a última cidade rebelde será construída (Babilônia, construída pelo anticristo; veja Ap 18).
G- A sétima taça de julgamento (Ap 16.17-21).
Assim, encerram-se os julgamentos dos selos, trombetas e taças.
Três itens nessa última taça merecem uma atenção especial:
1) A afirmação: Está feito! Esta é a segunda das três ocorrências bíblicas em que a frase é ligada a algum evento importante. O primeiro evento foi o Calvário, e o último será o limiar da eternidade (Jo 19.30; Ap 21.6).
2) O maior terremoto do mundo acontece. A intensidade de um terremoto é medida em um instrumento chamado de escala Richter. A maior magnitude já registrada até hoje foi 8.9. O maior número de mortes por terremoto aconteceu em 23 de janeiro de 1556, na província Shensi, China, e matou 830 mil pessoas. Entretanto, esse terremoto é apenas um pequeno tremor se comparado ao terremoto da tribulação, que, diz aqui, irá demolir todas as cidades do mundo!
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E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11