A concepção singular e o nascimento do Filho de Deus:
- Este foi o único nascimento em que o bebê já existia antes (Jo 8.58).
- Este foi o único nascimento em que nenhum pai terreno esteve envolvido (Lc 1.35).
- Este foi o único nascimento em que a mãe era uma virgem (Lc 1.34).
- Este foi o único nascimento em que Deus tomou para si mesmo um corpo humano (Jo 1.14).
As Escrituras afirmam explicitamente (Lc 1.34) que Maria era virgem - que ela não tivera um relacionamento sexual com nenhum homem. A Bíblia também afirma (Mt 1.25) que Jose e Maria não se relacionaram sexualmente até que Cristo nascesse. Com isso, se é impossível que um espermatozoide humano estivesse dentro do corpo de Maria, e, se Jesus era genética e, portanto, biologicamente do gênero masculino, a descendência clonal da Sua mãe simplesmente não é possível. Resta-nos apenas mais uma possibilidade.
Tanto Mateus (1.18-25) quanto lucas (1.30-35) afirmam que Jesus Cristo foi concebido por ação do Espírito Santo de Deus, sem a intervenção de um pai humano, e, assim, nasceu de uma virgem, Maria. Em razão disso, afirmamos que Jesus nasceu de uma virgem, ou, para ser exato, foi concebido no ventre de uma virgem.
Em Mateus e também em Lucas a ênfase está no poder e na atividade do Espírito Santo com vistas ao nascimento de Jesus. É isto, e não a inexistência de um pai humano, e tampouco a cooperação da virgem mãe, que é ressaltado por eles. De sua mãe, Jesus nasceu como homem, mas pelo ato criador do Espírito esta sua humanidade é uma nova humanidade, o ponto de partida de uma nova raça.
Alguém poderia dizer que isso teria sido possível sem o nascimento de uma virgem, mas a evidência bíblica indica que esse milagre foi o meio que Deus encontrou para trazer o seu Filho ao mundo. Não nos é dada nenhuma explicação sobre a fisiologia da encarnação; apenas se afirma que foi por ação do Espírito que Maria engravidou.
Na verdade, isso é tudo que pode ser dito, pois o que nos interessa, neste caso, é a entrada do Deus infinito em sua criação, e isto é algo que não pode ser descrito, da mesma forma como o próprio ato da criação não pode ser descrito.
Por outro lado, não se pode rejeitar o nascimento de uma virgem simplesmente porque é um milagre. O milagre supremo é a encarnação como tal, e, se podemos aceitar este milagre, não deveria haver maiores dificuldades para aceitar o meio pelo qual Deus decidiu efetuá-la.
O nascimento de uma virgem é raramente mencionado em outras passagens do NT. Isso é uma advertência para que não a enfatizamos em demasia. O fato é afirmado, mas as Escrituras não fazem a divindade de Cristo, nem a sua encarnação, nem a sua santidade depender da forma como ele nasceu.
Foi somente após o nascimento de Jesus que a profecia de Is 7.14, de que uma "virgem" conceberia e teria um filho chamado "Emanuel" ("Deus conosco"), passou a ser vista como tendo um sentido mais profundo (veja Mt 1.22-23).
Segundo Mc 6.3, o povo de Nazaré chamou Jesus de "filho de Maria", o que possivelmente era um insulto baseado no rumor de que José não era o pai dele. Em Jo 8.41 apareceu uma calúnia semelhante.
Alguns estudiosos acreditam que há referências adicionais ao nascimento de uma virgem em Gl 4.4, onde Paulo diz que Deus "enviou seu Filho, nascido de mulher", e também em 1Co 15.45-47, onde Paulo apresenta Cristo como o último Adão, o primeiro de uma nova raça.
Veja também "DEUS CONOSCO"
A contribuição maternal de Maria precisou receber uma quantidade suficiente de informações genéticas para produzir um corpo masculino normal onde o Salvador pudesse habitar. Isso requeria a presença de informações biológicas que simplesmente não podiam residir nas informações genéticas somente de Maria. As Escrituras indicam claramente que essas informações não tiveram como fonte o corpo de José nem de qualquer outro homem vivo na época. A concepção de Cristo deve ter sido, como o ensino cristão sempre presumiu, um milagre. O corpo de Jesus Cristo não poderia ter sido um clone de ninguém presente na terra naquela época. Em vez disso, de algum modo miraculoso, o Espírito Santo de Deus produziu dentro do corpo de Sua preciosa filha um depósito de informações suficiente para gerar biologicamente o filho de Abraão e o filho de Davi. E, por meio de um milagre ainda maior, aquele mesmo Espírito Santo introduziu naquele corpo o Seu próprio Ser, de modo que nosso Salvador foi integralmente o filho de Abraão, o filho de Davi e o Filho de Deus!
Quando consideramos a alma do homem, a clonagem genética contém seus próprios mistérios, os quais os biólogos não podem explicar por meio de seus métodos técnicos. Porém, a concepção do nosso Senhor é um milagre cujas proporções biológicas e teológicas vão muito além do âmbito e da possibilidade tanto da tecnologia da clonagem como da concepção normal dos seres humanos mortais. Teria este sido o maior milagre realizado pelas mãos do Deus Todo-Poderoso?
É preciso acreditar no nascimento virginal para ser salvo?
A resposta é tanto não como sim:
A. Não, se a pessoa não estiver ciente de todos os detalhes pertinentes ao nascimento virginal no momento da sua salvação. Aqui, dos exemplos principais nos vêm à mente:
- O ladrão moribundo (Lc 23.42,43). É realmente improvável que esse pobre homem pecador entendesse alguma coisa a respeito das implicações teológicas da encarnação. Entretanto, como o texto afirma, ele obviamente foi salvo!
- Filipe (Jo 1.45). Filipe descreve o Messias como Jesus de Nazaré, o filho de José. Esse novo convertido sabia muito pouco ou nada sobre o milagre em Belém. Mas ninguém pode duvidar da sua salvação!
B. Sim, se a pessoa estiver ciente de todos os detalhes pertinentes ao nascimento virginal. Portanto, neste caso, uma recusa em aceitar a palavra de Deus impede que o indivíduo experimente da graça de Deus! Simão Pedro descreveu tal pessoa como sendo deliberada e intencionalmente ignorante (2Pe 3.5).
- A advertência de Jesus sobre este assunto (Jo 3.12).
- A advertência de Hebreus sobre este assunto (Hb 11.6).
O que o Filho disse ao Pai pouco antes da encarnação por meio do nascimento virginal?
A. As primeiras palavras registradas de Jesus encontram-se em Hebreus 10 (tiradas do Salmo 40) e foram ditas quando Ele deixou as glórias do céu para tornar-se um bebê no ventre de Maria. Portanto, estas são as primeiras palavras registradas de Jesus ao Pai: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradam. Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. (Hb 10.5-7).
B. Ao contrário da crença popular, as primeiras palavras de Jesus sobre Seu ministério terreno não se encontram em Lucas 2.49.
Que mudanças físicas e biológicas ocorreram no corpo de Maria desde a sua conceição até o nascimento de Jesus Cristo?
Aqui, diversas perguntas interconectadas nos vêm à mente:
- O Espírito Santo teria criado uma espécie de "esperma divino" para fertilizar o óvulo de Maria? (Lc 1.35). Em sua Bíblia de estudos, o Dr. Henry Morris lembra-nos de que a obra milagrosa de Deus é o foco principal aqui: Esta maravilhosa obra de Deus não pode ser nada menos do que uma criação direta. Algumas pessoas sugerem hipóteses quase naturalísticas como a partenogênese ou a inseminação artificial, ou que o Espírito Santo talvez tenha, de algum modo, fertilizado o óvulo naturalmente produzido por Maria. Porém, estratagemas como esses servem apenas para caricaturar a extraordinária encarnação - a entrada do eterno Deus da criação onipotente e onipresente em um corpo humano finito.(Defender's Study Bible. Grand Rapids, MI: World Publishers, 1995.p.1.084,1.085)
- O Espírito Santo usou um dos óvulos de Maria? Algumas pessoas diriam que Ele não fez isso, reduzindo assim Maria ao papel de uma mera mãe de aluguel que teria apenas fornecido seu útero para o desenvolvimento do corpo físico do Salvador. A maior parte dos estudiosos da Bíblia, porém, acha que um dos seus óvulos foi realmente fertilizado de modo sobrenatural. (A editora deste site, não tem dúvida de que o Espírito Santo usou, de fato, um dos óvulos de Maria). Se isso for verdade, acredito que seja sim, então é provável que Jesus tivesse alguns dos seus traços físicos. (Leia esse documentário que se encontra na biblioteca do vaticano, tendo como, o único registro, fora da Bíblia, que relata com veracidade e reconhecimento, os traços físicos da PESSOA DE JESUS CRISTO lembrando os de Sua mãe, Maria! Esta descrição foi traduzida de uma carta de Públios Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma. Públios Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.)
- Maria experimentou as mudanças físicas e emocionais comumente associadas a todas as mulheres grávidas? A resposta parece ser um retumbante sim, incluindo náuseas, um significativo aumento de peso, mudanças de humor etc.
- Jesus nasceu da mesma maneira que todos os outros seres humanos? À primeira vista, esta pergunta pode parecer desnecessária, ou até mesmo frívola. Contudo , a Igreja Católica Romana diria que tanto a concepção como o nascimento de Jesus foram sobrenaturais, alegando que Seu corpo passou através do canal do parto de alguma mareia mágica, sem tocar em absoluto no hímem da mãe! Aliás, algumas pessoas chegaram a sugerir que, se um médico que não soubesse nada a respeito do passado de Maria pudesse tê-la examinado pouco antes da sua ascensão corporal ao céu (outra doutrina Católica Romana), ele teria concluído que ela havia vivido toda a sua vida como uma virgem. É claro que isso não tem nenhum embasamento bíblico!
A posição da Igreja Católica Romana é que sim. Ao longo da história da Igreja, os teólogos romanos elevaram a virgindade perpétua como uma virtude do caráter feminino. Mas por quê? Será que poderíamos realmente concluir que mulheres piedosas como Ana ou Isabel (mães de Samuel e de João Batista) foram menos puras ou santas do que Madre Teresa? Pelo contrário, as Escrituras declaram que, depois do nascimento de Jesus, José e Maria tiveram filhos e filhas (MT 1.25; Mc 6.2-4).
Como nota final, podemos observar também que muitos estudiosos da Bíblia (e a própria Bíblia) afirmam que dois dos meios-irmãos de Jesus seriam grandemente usados mais tarde por Deus:
- Tiago, que seria uma testemunha do Cristo ressurreto (1Co 15.7) e se tornaria pastor da Igreja em Jerusalém (At 12.17; 15.13-21) e autor do livro de Tiago (Tg 1.1).
- Judas, que seria o autor do livro de Judas (Jd 1.1).
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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11