Os milagres do Novo Testamento
Os evangelhos contêm diversos relatos de acontecimentos, tais como curas instantâneas de pessoas doentes e paralíticos ou demonstração de domínio sobre fenômenos naturais, que não podem ser explicados de maneira normal. Em cerca de 35 ocasiões diferentes, Jesus realizou vários tipos de ações que pareceram milagrosas para os observadores. Além disso, há várias passagens em que se afirma, em termos gerais, que Jesus fez milagres.
Os milagres de Jesus A maioria dessas histórias sobre Jesus conta como ele curou pessoas que tinham várias doenças, como febre, lepra (uma doença de pele, mas provavelmente não a doença que hoje tem esse nome), hidropisia, paralisia, cegueira, surdez e mudez, fazendo isso sem qualquer auxílio médico evidente. Em geral, essas curas foram efetuadas com uma simples palavra preferida por Jesus (Mc 1.27; 2.11). às vezes, ele tocava na pessoa na pessoa (Mc 5.41). Ele não se valeu de nenhum gesto ou artifício que pudesse ser descrito como mágico.
Em outros casos, ele expulsou demônios de pessoas que sofriam de distúrbios físicos ou mentais. Em três ocasiões ele devolveu a vida a pessoas que haviam morrido.
As demais histórias mostram o seu poder sobre coisas inanimadas: alimentou uma multidão com cinco pães e dois peixinhos; andou sobre as águas de um lago; acalmou uma tempestade; amaldiçoou uma figueira, de forma que secou; transformou água em vinho; e pescou uma grande quantidade de peixe.
Essas histórias dão testemunho do grande impacto que a obra de Jesus teve sobre aqueles que a viram. Seu objetivo era levar as pessoas glorificar a Deus, e não para ficar admirado com Jesus (Lc 7.16). Essas histórias testificam do amor de Deus pela humanidade sofredora (Mc 1.41; 8.2).
Numa importante passagem dos Evangelhos, Jesus envia uma mensagem a João Batista, que estava na prisão, para assegurar-lhe que ele de fato era o libertador que havia de vir, conforme João havia anunciado. Ao descrever as grandes obras que fazia, Jesus usou palavras que mostram que elas eram o cumprimento das promessas do AT a respeito do futuro tempo de salvação, um tempo em que Deus traria cura para o corpo e para a alma das pessoas (Lc 7.22; Is 29.18-19; 35.5-6; 61.1).
Portanto, essas obras grandiosas eram indício de que o poder de Deus estava agindo através de Jesus, e sinal de que o reino de Deus havia irrompido num mundo que estava sob o controle de Satanás. Ao expulsar demônios, Jesus deixou claro que o chefe deles estava enfrentando um poder superior e que o reinado de Deus já havia chegado (Lc 11.20).
Consequentemente, o que se queria com essas obras poderosas era levar a pessoas a crer no poder salvador de Deus atuante em Jesus (Mc 9.23-24). Não eram sinais incontestáveis do poder de Deus, tanto assim que os fariseus puderam atribuí-las ao poder de Satanás (Mc 3.22). Mas aos que tinham olhos para ver, eram o sinal de que Deus estava agindo em Jesus, cumprindo as suas promessas, e serviam para despertar e confirmar a fé nele.
Milagres na igreja apostólica Tudo isso se aplica aos milagres de Jesus e se aplica, também aos milagres na igreja apostólica. Os primeiros cristãos demonstraram poderes semelhantes aos de Jesus. Temos relatos sobre doentes que foram curados, mortos que foram ressuscitados, prisioneiros que foram libertados de forma milagrosa, e até sobre pessoas que tinham o poder de infligir castigo físico. Estes eram sinais de que o mesmo poder de Deus que havia atuado em Jesus ainda atuava em seus discípulos, confirmando sua mensagem de salvação, e também advertindo sobre a realidade do juízo divino.
Objeções modernas aos milagres O registro das obras poderosas de Jesus é parte integral e central da história dos Evangelhos. Não podemos descartar isso e ficar com um Jesus que não fez milagres. Por que, então as pessoas tentam excluir os milagres da história de Jesus?
•Em primeiro lugar, argumenta-se que a ciência elimina a possibilidade de milagres. Na realidade, este argumento não é nada mais do que a afirmação de uma pressuposição: a de que num universo puramente material nada pode acontecer que não tenha explicação em termos de causas naturais.
Mas esta é simplesmente uma suposição sobre a natureza do universo que não pode ser comprovada. Sem dúvida, acontecimentos únicos e que não se repetem não podem, em geral, ser verificados cientificamente, mas também não podem ser considerados impossíveis. No máximo se poderia argumentar que normalmente milagres não acontecem; mas é legítimo afirmar que, por isso, milagres nunca ocorrem. Afinal, a característica dos milagres é exatamente o fato de serem anormais! As pessoas deveriam, pelo menos, ter mente aberta quando o assunto é milagre.
•Em segundo lugar, argumenta-se que não temos evidência histórica confiável para os milagres. Seria necessário um bom testemunho de que o suposto milagre aconteceu, e que ele não pode ser explicado de forma natural ou não milagrosa. Como se está lidando com algo tão anormal, um milagre, a evidência precisaria ser extremamente forte, visto que (argumenta-se) é mais provável que as testemunhas tenham tirado a conclusão errada do que supor que realmente tenha ocorrido um milagre.
Se, no entanto, apenas um dos milagres de Jesus pode ser considerado histórico, isto seria suficiente para demonstrar que milagres são possíveis e que todos osa outros milagres são prováveis.
Este milagre é a ressurreição.
A evidência de que testemunhas confiáveis afirmaram ter visto Jesus vivo após a morte dele (1Co 15.3-8) é incontestável. Para muitas pessoas, a única explicação que dá sentido à evidência que temos é que ele foi milagrosamente ressuscitado de entre os mortos. Aqueles que querem aceitar isto precisam apresentar alguma explicação alternativa convincente.
Se a ressurreição realmente aconteceu, é muito provável que os outros milagres também tenham acontecido. Isto porque, em primeiro lugar, a ressurreição mostra que milagres são possíveis. Significa que Deus pode intervir e de fato intervém de forma não convencional na ordem criada. Além disso, a ressurreição é o "sim" de Deus para a vida de Jesus - inclusive a reivindicação do próprio Jesus de que fazia milagres (Lc 7.21-23; 11.19). Será muito improvável que Deus agiria milagrosamente apenas uma vez, na ressurreição de Jesus, e nunca outras ocasiões durante o ministério de Jesus.
Essa evidência é confirmada por uma tradição histórica confiável de que Jesus fez milagres, e que se encontra nos Evangelhos. Sem dúvida, não podemos testar e afirmar com base em dados puramente históricos a veracidade de cada história de milagre. Pode haver ocasiões em que um acontecimento milagroso tem outra explicação "complementar" em termos de causas naturais. Em outros casos, o que parecia milagroso para pessoas do primeiro século poderia ser explicado hoje em termos naturais (p.ex., na cura psicológica de uma doença psicossomática). Ainda em outros casos pode não haver evidência suficiente para confirmar ou refutar a história dos Evangelhos.
•Uma terceira questão levantada contra a historicidade dos milagres do NT é que histórias semelhantes são contadas sobre outros grandes homens daquela época. Logo, seria provável que os cristãos, tão supersticiosos quanto as demais pessoas daquele tempo, inventariam histórias semelhantes sobre Jesus.
Pode-se responder que, se era necessário que Jesus fizesse milagres para ser considerado pelo povo da época como "o maior" em termos da realidade do primeiro século, Deus certamente se dignaria a descer ao nível de entendimento das pessoas e faria prodígios através de Jesus. Mas importante é o fato de que as histórias de Jesus revelam algumas diferenças significativas em relação às que são contadas sobre outros grandes homens daquele tempo. A importância dos milagres de Jesus não está tanto no poder milagroso que ele demonstrou neles, mas no testemunho que dão do poder salvador e curador que faz parte do reino de Deus.
Os Evangelhos estão repletos de relatos de curas realizadas por Jesus. Paralíticos, surdos, cegos e pessoas com todo tipo de doenças foram curados e mortos ressuscitados.
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E Ele até hoje, continua fazendo os mesmos e maiores milagres da história da humanidade!
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E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11