Os 66 livros da Bíblia juntam-se em uma só história - a história de Deus e da humanidade. O Senhor criou um mundo lindo, repleto de criaturas incríveis, incluindo o homem. O primeiro homem e a primeira mulher rebelaram-se contra a autoridade de Deus, mas o Senhor graciosamente agiu para restaurar a humanidade, nascendo como um de nós, Jesus, o Messias. Por intermédio de Jesus, Deus iniciou o que Ele um dia completará: a restauração final da Criação.
A grande história da Bíblia começa no livro de Gênesis (cujo significado é "origem") e funciona como cenário para o restante dos eventos nas Escrituras. Começa com o relato da criação do mundo e de todas as criaturas por Deus. É registrado também o primeiro pecado e suas consequências - a separação das pessoas de Deus, do mundo, e de uns dos outros. Mas Gênesis também contém as primeiras pistas do plano de Deus para remir toda a humanidade: esse livro conta a história de Abraão e sua família - cujos descendentes se tornariam o povo de Israel. Um dia, um Redentor - Jesus - viria do meio desses descendentes. O Senhor já estava tecendo a história.
A história do início do povo de Israel continua nas livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. O povo foi liberto da escravidão no Egito, recebeu as leis que ajudariam a definir seu relacionamento com Deus e então, viajou rumo à Canaã, aterra natal prometida a eles. No livro de Josué, o povo conquistou a terra, e em Juízes e Rute, lutou para estabelecer-se.
Os livros de 1 e 2 Samuel e dos Reis contam a história de como o povo de Israel tornou-se um reino. Sob Davi e Salomão, o reinado foi unificado e prosperou. Mas, por fim, o reinado dividiu-se, e décadas de decadência chegaram para o povo. Isaías, Oseias, Joel, Amós, Jonas e Miqueias foram profetas que falaram durante essa época de divisão dos Reinos, antes da queda do Reino do Norte, Israel.
A mesma coisa aconteceu posteriormente ao Reino do Sul - Judá. Assim como os primeiros profetas de Israel de Israel, Naum, Habacuque e Sofonias alertam Judá, e poucos reis demonstram esperanças, buscando obedecer a Deus, mas, por fim, o governo dos reis maus trouxe a queda de Judá também. Como consequências, o povo de Deus foi exilado para terras estrangeiras. A história de Deus e da humanidade estava desdobrando-se, mas os relacionamentos ainda estavam rompidos.
Mesmo assim, Deus não desistiu de Seu povo ou abandonou Seu plano. Os profetas Jeremias e Ezequiel começaram a clamar que o povo de Judá voltasse para Deus. Quando Jerusalém - a capital de Judá - foi destruída, esses profetas prometeram esperança aos exilados descrevendo visões de uma restauração futura. Foi durante esse exílio que o profeta Daniel serviu nos impérios da Babilônia e Medo-Persa.
Por fim, um pequeno grupo do povo de Deus retornou do exílio para Jerusalém e reconstruiu o Templo e os muros da cidade. Os livros de Esdras e Neemias relatam esses eventos, e os profetas Ageu e Zacarias estavam lá para encorajar o povo. Enquanto isso, o livro de Crônicas era compilado, para ajudar essas pessoas a lembrarem sua identidade como povo de Deus - um povo que foi separado por Ele para ser uma bênção a todo mundo.
Ao longo de toda a história de Israel, profetas ofereceram pistas quanto à restauração do povo do exílio, mas também apontaram para um dia maior, o dia da restauração final de toda a criação. Tudo isso se tornaria possível com a chegada do Messias. Aqui termina o Antigo Testamento com uma promessa, uma esperança distante palpitando no coração do povo de Deus.
A maior história de Deus continua no Novo Testamento, com a chegada do Messias, Jesus de Nazaré. Deus veio em carne para restaurar Seu relacionamento com a humanidade. Mateus, Marcos, Lucas e João contam a história de Jesus com outros olhos. Eles contam como Deus tornou possível a redenção de todo o mundo por meio da vinda de Seu filho à terra - nascendo como um bebê, para mostrar às pessoas quem é Deus ao ensiná-las e servi-las, e, por fim, morrendo pelo pecado de todos de todos. Então, Jesus ressuscitou dos mortos para demonstrar Seu poder sobre o pecado, derrotar a morte e disponibilizar esse poder para todos que creem nele. A história de Deus e da humanidade teve uma reviravolta.
A história continua no livro de Atos dos Apóstolos. O Espírito de Deus uniu a comunidade de crentes e capacitou-os para espalhar pelo mundo as boas-novas do Deus em carne. Seguindo Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo, Pedro, João, Tiago e outros incentivaram essas comunidades e ofereceram sabedoria para os cristãos por terem a missão de representar o Messias vivo neste mundo decadente.
A Bíblia termina com o livro de Apocalipse, mas a história não chegou ao fim. Apocalipse aguarda o triunfo final de Deus sobre o mal no fim dos tempos. O Messias retornará para governar com justiça, e tudo que foi destruído pela queda em Gênesis será feito novo pelo poder de Deus. A história de Deus e da humanidade será completa, e Seu relacionamento conosco, restaurado. O próprio Deus estará conosco.
Quando lemos a Bíblia, deixemos que a história de Deus e da humanidade torne-se a nossa própria história também. Esta é uma história contínua, uma história da qual verdadeiramente podemos fazer parte. Quando conhecemos Deus por intermédio de Seu Filho, Jesus, tornamo-nos cheios do Seu Espírito. Quando seguimos a orientação do Seu Espírito, tornamo-nos agentes de transformação nesse mundo partido. E, no processo, somos transformados também.
BET(Lar)-Guematria e a Criação (Curiosidades Judaicas)
Significado
*O significado de bet é bayit, palavra hebraica para “lar”.
Por que D’us criou o mundo?
O Midrash nos diz que D’us desejava um lar na terra. Como alguém define um lar? Um lar é o local para onde você volta quando encerra seus assuntos mundanos. Tira os sapatos, coloca roupas confortáveis, e relaxa. Você não precisa se exibir ou “vender-se” para ninguém. É um lugar onde seu verdadeiro eu vem à tona. D’us também desejava um lugar onde Ele pudesse ser Ele mesmo e se unir com Sua noiva, o povo judeu. Este foi o objetivo da Criação. Este é o bet de bayit, a primeira letra da Torá, o projeto da Criação.
Com bet significando Criação, notamos que o radical da palavra Bereshit é rosh, que significa cabeça. O prefixo é um bet. As últimas duas letras da palavra são yud e tav. Juntos, o bet, yud e tav formam bayit – casa. No princípio, quando D’us criou o mundo, Seu taavá (desejo) era que a Cabeça (que é D’us) habitasse na bayit, Seu lar.
E como se faz uma morada para D’us? Vivendo a letra bet. As três linhas do bet são frequentemente interpretadas como representando os três pilares sobre os quais o mundo se apóia: Torá, tefila e tsedacá (Torá, prece e justiça (incluindo boas ações). Quando uma pessoa reza, estuda Torá e faz caridade diariamente, constrói uma morada para D’us. A palavra taavá tem a guematria de 412: tav=400, alef=1, vav=6 e hei=5. Se você somar as letras da palavra bayit: bet=2, yud=10, tav=400, elas também totalizam 412.
As três linhas acima mencionadas do bet – os pilares de Torá, prece e caridade (e boas ações) – também atendem às três direções originais de seu desenho. Como o bet também contém a direção aberta, o norte, que pressagia o mal, a própria estrutura da letra incorpora uma tensão interna. Sua falta de fechamento físico representa tanto um convite como um perigo em potencial, e ambos apontam para a obrigação do povo judeu de completar a Criação de D’us, terminar Sua morada e aperfeiçoar o mundo. Fazemos isso atraindo a Divindade ao mundo e agindo de acordo com o bet, a casa. Cumprimos nossa obrigação através dos 3 pilares já mencionados. Desta forma, D’us habitará em Sua morada, e mereceremos realmente um mundo de berachá, bênção.
(Este *texto é parte de um artigo sobre o alfabeto hebraico na categoria: Guematria publicado por Chabard.org - Edição do texto e de imagens: Costumes Bíblicos)
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Filipenses 1:9-11