COSTUMES BÍBLICOS: Estudando Jeremias caps. 5 ao 22 Página "B"


Estudando Jeremias caps. 5 ao 22 Página "B"

Estudando o Livro do Profeta JEREMIAS
Caps. 5 ao 22
Jr 5 Corrupção nacional
Deus procura em vão um  vestígio de verdade e justiça entre o seu povo. A nação está atolada na idolatria. Está feliz por ser uma sociedade corrupta. Esta com a consciência tranquila. Tanto Deus como os seus profetas são ignorados. O povo quer ouvir as falsas profecias. Deus não tem outra opção senão punir.
V.1 Este texto lembra a oração de Abraão por Sodoma (Gn 18.22-32). Deus teria poupado Sodoma, se ali tivesse encontrado dez justos. No caso de Jerusalém, teria bastado um que praticasse a justiça e buscasse a verdade.
V.28 Deus sempre se preocupou de modo especial com a justiça e o cuidado com os indefesos. Isto fica claro na Lei e foi, também, uma ênfase dos profetas.
Jr 6: Declaração de guerra
Todas as advertências de Deus foram ignoradas. Seu convite para que andassem no "melhor caminho" (16) simplesmente não foi aceito. Assim, Deus rejeitou o seu povo (30) e o entregou aos exércitos invasores. Até Jerusalém seria sitiada.
Benjamim (1) Esta era a tribo do próprio Jeremias, ocupando o território logo ao norte de Jerusalém. Tecoa e Bete-Haquerém são dois montes ao sul da cidade.
Pastores com os seus rebanhos (3, ARA)
Retratos dos acampamentos inimigos.
Meio-dia (4) Não era comum atacar nessa hora quente do dia.
Sabá (20) Na Arábia; famosa pelo incenso que exportava.
Jr 7.1--8.3: Jeremias no Templo
O povo tinha uma confiança no Templo que chegava a ser supersticiosa. Pensavam que, por causa da presença do Templo, Deus sempre protegeria Jerusalém, como fizera em 701 a.C. (veja 2Rs 18--19; Is 36--37). Estavam errados. Deus mandou Jeremias se colocar na porta do Templo e dizer a todos que Deus sabia a diferença entre ritualismo religioso e verdadeira religião (7.10). Ele via tudo que estava acontecendo (9). Jerusalém não era mais sagrada que Siló, santuário que os filisteus haviam destruído (veja 1Sm 4). Mas mesmo naquele momento, se deixassem de lado o que estavam fazendo, se mudassem a sua conduta, Deus permitiria que continuassem a viver na terra que lhes havia dado (7). Segurança e bem-estar dependiam da obediência a Deus (23).
7.6 Veja comentário sobre 5.28.
7.11 Jesus citou estas palavras com relação ao Templo de sua época (Mt 21.13).
Efraim (7.15) A tribo principal do reino do Norte, que se separou do reino do Sul.
Rainha dos Céus (7.18) A deusa da fertilidade Astarote (Astarte ou, também Istar), cuja adoração envolvia ritos sexuais e prostituição.
7.22 Jeremias não está negando que o sistema de sacrifícios foi instituído por ordem de Deus (veja Lv 1--7). Mas o povo estava substituindo a obediência pelos sacrifícios. Como Samuel havia dito anteriormente: "O obedecer é melhor do que o sacrificar" (1Sm 15.22).
7.29 Eles deviam cortar o cabelo, como sinal de luto ou para mostrar que não estavam mais comprometidos com Deus.
Tofete (7.31) Veja Is 30.33.
Jr 8.4-17: Condenados por Deus
O povo não queria se arrepender. Era estimulado e impelido nessa direção por líderes religiosos que diziam o que o povo queria ouvir. Nessa lista estavam os escribas (intérpretes profissionais da Lei de Deus); os "sábios", aos quais se recorria para orientação (veja 2Sm 14.2-24; 20.16-22); os profetas e os sacerdotes. Todos estes procuravam os seus próprios interesses.

Jeremias compara o Deus verdadeiro com ídolos sem vida como Baal, o deus cananeu da fertilidade a quem o povo de Deus oferecia sacrifícios (11.17).
"Acabou  o verão, passou o tempo da colheita, mas nós não fomos salvos... Eu gostaria que a minha cabeça fosse como um poço de água e que os meus olhos fossem como uma fonte de lágrimas, para que eu pudesse chorar dia e noite pela minha gente que foi morta."
Jr 8.20; 9.1 (NTLH)
Jr 8.18--9.26: Tristeza e mais tristeza
Nem sempre fica claro se quem está falando é Jeremias, Deus ou o povo (as traduções oferecem várias opções). Jeremias compartilha a profunda tristeza de Deus diante do pecado do seu povo e de suas consequências trágicas. A sociedade estava doente (9.36-6,8), uma doença que era o resultado direto do fato de terem abandonado Deus e as suas leis e terem seguido o seu próprio caminho (12-14). O juízo se havia tornado tão inevitável que já podiam ser convocadas as pranteadoras profissionais (17).
Bálsamo/remédio em Gileade (8.22) Desde tempos antigos (Gn 37.25), Gileade era famosa por seu bálsamo curativo.
Absinto (9.15) Planta amarga (veja NTLH). À luz disso, é um símbolo de tristeza.
9.25-26 Apesar da marca externa da aliança com Deus (veja 4.4), o povo de Deus não era em nada diferente das nações pagãs à sua volta. E a exemplo dessas nações, estava destinado ao juízo. Veja caps. 46--51 na página "D".
Jr 10: O Deus vivo e ídolos de madeira
Por mais elaborados que sejam, ídolos feitos por mãos humanas não têm vida, poder, movimento ou fala. Bem diferente é o Deus de Israel. Foi ele,não os ídolos, quem criou o céu e a terra (11-16). (Este era um dos grandes temas de Isaías: Is 40.18-20;44.9-20.) Agora este mesmo Deus estava preparado para destruí-los (17-18). Enquanto orava, Jeremias já podia ouvir o inimigo chegando (22).
Társis... Ufaz (9) Társis é Tartessos, na distante Espanha; Ufaz pode ser Ofir, famosa por seu ouro.
Peguem as suas trouxas (17, NTLH) Isto é, preparem-se para fugir.
Pastores (21) Líderes ou autoridades (veja NTLH).
Vs. 23-25 A oração de Jeremias em favor do povo.
Jr 11.1-17: A aliança violada
Os termos da aliança de Deus com o seu povo, feita no Sinai após o êxodo (veja Dt 5), ainda estavam em vigor. Pela continuada desobediência à Lei de Deus, e pela idolatria, Judá rompera este acordo e caíra sob a maldição sob a maldição (veja Dt 11.26-28; Dt 27). Jeremias devia ir dizer isto ao povo outra mensagem que ninguém gostaria de ouvir). E Deus não queria que ele orasse em favor do povo (14; aparentemente Deus já tinha ouvido muitos desses pedidos do profeta!).
Este capítulo parece pertencer ao período da reação que se seguiu às reformas de Josias (2Rs 23).
Jr 11.18--12.17: Um plano para matar Jeremias
A mensagem de Jeremias despertou uma ira tão intensa que o povo de Anatote, sua terra natal, estava disposto a matá-lo, caso ele não parasse de profetizar (11.18-23). Quem alertou Jeremias para o perigo foi Deus, que, assim, cumpria a sua promessa de proteger o profeta. A descoberta desse plano levou Jeremias a questionar Deus sobre a prosperidade dos maus (12.1-4). Ele não foi o primeiro nem o último a ficar perplexo com isto (veja Sl 73; Hc 1.12-13). Em resposta, Deus lhe disse que o pior estava por vir (5-6)! Entretanto, ele de fato castigaria (7-13), para depois restaurar (14-17).
Floresta do Jordão (12.5) Desde o mar da Galiléia até o mar Morto, o Jordão corre abaixo do nível do mar. E, nos tempos do AT o rio era ladeado por uma floresta densa e úmida, habitada por animais selvagens.
Casa... herança (7)... vinha... quinhão... porção (10) Metáforas que designam a nação.
Jr 13: Uma parábola encenada
Deus lançou mão de vários métodos de ensino para transmitir a sua mensagem. Às vezes os profetas dramatizavam sua mensagem (esta era, também, uma característica do ministério de Ezequiel; aparece ainda em Jr 18--19; 32). O termo que designa a peça de roupa que Jeremias escondeu para que apodrecesse é traduzido por cinto de linho (ARA, NVI) ou calção (NTLH). As ações muitas vezes dizem mais do que as palavras e ficam gravadas na memória. Aqui Jeremias anuncia que Judá e Jerusalém ficariam completamente arruinadas, como aquela peça de roupa. Ele estava muito triste ao anunciar a vingança de Deus, embora houvesse clamado por ela anteriormente (11.20): "se vocês não prestarem atenção... chorarei amargamente" (17).
Eufrates (4-7) Alguns pensam que a palavra hebraica perath, neste caso, se refere ao riacho de Fará, que ficava uns 6 km a nordeste de Anatote. Ou pode referir-se, como em outras passagens, ao Eufrates, que ficava a uns 550 km de distância, e representar o cativeiro e o exílio do povo.
Rei e rainha-mãe (18) Quase certamente Joaquim e Neústa (veja 2Rs 24.8-16).
Jr 14.1--15.9: Seca!
Houve uma longa e grave seca (14.1-6). O povo mais uma vez se dirige a Deus (7-9), mas ele não ouve (10-12). Nem escuta a súplica de Jeremias, que argumenta que o povo foi enganado pelas mentiras dos falsos profetas (13). Mas Jeremias continua orando pelo povo (19-22), até ouvir a terrível resposta de Deus em 15.1.
Espada, fome, peste (14.12) Desde a antiguidade, a guerra, a fome e as doenças eram consideradas castigo de Deus. As três juntas implicavam juízo total (veja também 16.4; 24.10; Ez 14.21; Ap 6.8; 18.8).

Jeremias exerceu seu ministério em Jerusalém, onde todas as suas advertências foram ignoradas.
Esta foto traz uma vista para o sul, dos muros da antiga Jerusalém na direção do vale do Cedrom.
O trono da tua glória (14.21) O Templo.
Moisés e Samuel (15.1) Ambos intercederam com êxito pelo povo (Êx 32; 1Sm 12.19-25).
15.4 No tempo de Manassés, a nação viveu a sua pior fase (veja 2Rs 21; 2Cr 33).
Jr 15.10-21: A angústia de Jeremias
Sofrendo profundamente, Jeremias se dirige a Deus em oração contra aqueles que lhe pagaram seu serviço e seu cuidado fiel com ódio, tornando sua vida miserável. Há justiça na sua súplica (embora o ensinamento de Jesus vá além disso, como se vê em Mt 5.43-48 e Lc 23.34). Se Jeremias está com problemas, isto se deve a Deus. A causa era de Deus e, ao rejeitá-lo, estavam rejeitando o próprio Deus.
A resposta de Deus foi o consolo e estímulo que o profeta precisava. (19-21).
Jr 16: Não é hora de casar 
A instrução de Deus a Jeremias foi clara: "Não case". Ao ficar solteiro numa sociedade em que isto era praticamente desconhecido, Jeremias se tornou símbolo vivo da mensagem de Deus. Em breve Jerusalém seria palco da fome e do massacre mais terrível que se podia imaginar. Não era a hora nem o lugar para começar uma família. Porque Deus estava retirando deles a sua paz e o seu amor (5), eles finalmente o conheceriam como o Deus de poder (21). Porém Deus ainda tinha reservado um futuro para eles (14-15) e o profeta declarou a sua confiança em Deus 19-20).
Vs. 6-7 Costumes relacionados com o luto, alguns deles de natureza pagã (veja Lv 19.27-28).

Quem confia em Deus é como uma árvore que espalha as suas raízes até o ribeirão e que não teme o período da seca.
Jr 17.7-8 faz eco às palavras do Sl 1.
Jr 17: Esperança para os desesperados
Este capítulo contém uma mistura de diferentes tipos de material: uma profecia de juízo (1-4, em prosa); um salmo de sabedoria (5-8, como o Sl 1); uma profecia pessoal de caráter poético com uma lamentação; e profecia em prosa que oferece esperança de escapar do juízo (19-27).
Vs. 1 Um ponteiro ou estilete de ferro era usado para gravar inscrições em pedras. O pecado do povo estava como que permanentemente gravado no seu "coração".
Postes-ídolos (2, ARA) Veja Is 17.8.
Vs. 14-18 Esta é a oração de Jeremias. Para o v. 18, veja 15.10-21.

"Como barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel."
Jr 18.6
Jr 18: O oleiro e o barro
Esta é outra ação simbólica ou parábola encenada (veja cap. 13). Como um oleiro que refaz o pote que não fica bom, Deus tinha o direito inquestionável de remodelar o seu povo arruinado. Jamais se pode supor que as coisas sempre ficarão do jeito que são (7-10).
Novamente, a mensagem ofensiva de Jeremias resultou em ameaças de morte. Nos vs. 19-23, ele ficou tão indignado com aqueles que rejeitavam sua mensagem divina que fez uma oração bastante vingativa (bem diferente da sua reação em 13.17): "Não perdoes a maldade deles" (23). Veja 15.10-21. "Auto-justificação, maldição e vingança nos Salmos" também analista esta questão.
Vs. 1-4 A mesma imagem do oleiro aparece em Isaías (29.15-16; 45.9; 64.8) e é retomada por Paulo em Rm 9.20-21.
Líbano (14) Possível referência ao monte Hermom, geralmente coberto de neve perene.
Vento oriental (17) Símbolo de problemas (veja 4. 11).
Jr 19. 1--20.6: Jeremias em apuros 
Jeremias quebrou seu pote de barro em outra parábola encenada. Depois de prender a atenção do povo, ele explicou: "Como se quebra um pote, e ele não pode mais ser consertado, assim Deus quebrará este povo e esta cidade."
Jeremias foi diretamente do vale do Hinom ao Templo. Ali, a sua mensagem lhe trouxe dificuldades. Com as mãos e os pés presos no tronco, ele abriu seu coração na presença de Deus.
Hinom (19.2), Tofete (19.6) Veja Is 30.33.
Jr 20.7-18: "Maldito seja o dia em que eu nasci!"
Jeremias não era um homem grosseiro, insensível ao que se passava com ele. Ao contrário, sofria ao ver-se odiado e ridicularizado. Porém ele tinha de proclamar a palavra de Deus (9), e esta sua função profética o colocava sob tremenda pressão.
Seu lamento deve encorajar todos os que se sentem como ele. Depois de fazer a sua queixa diante de Deus, ele passa ao louvor, cheio de confiança (13). Para logo em seguida cair no desespero outra vez (14-18).
Jr 21: Zedequias pede um milagre
Era o ano de 587 e Jerusalém estava sitiada, no confronto final entre Judá e Babilônia. O rei Zedequias recorreu ao profeta, esperando uma palavra de conforto, outro adiamento milagroso do ataque (como em 701 contra os assírios; veja 2Rs 19). Mas isto não se repetiria: Deus disse que a derrota era certa. A única esperança estava na rendição.
A história da queda de Jerusalém é contada em 2Rs 25; 2Cr 36. Veja também Jr 39; 52 na página "D"
V. 8 Deus lhes deu a mesma escolha que aparece em Deuteronômio (30.15-20), a escolha entre o caminho da vida e o caminho da morte.
Jr 22: Advertência ao rei Jeoaquim
Esta profecia é anterior ao cap. 21. Jeoaquim reinou de 609 a 597. Em 597, Jerusalém se rendeu à Babilônia pela primeira vez (veja 2Rs 23.34--24.6; 2Cr 36.5-8)
A denúncia dos vs. 13-19 compara Jeoaquim, que pensava que era bom rei só porque tinha um grande palácio forrado de cedro, com seu piedoso pai, Josias. Ninguém lamentaria a morte dele, ninguém o honraria depois da morte (sepultar alguém "como se sepulta um jumento", 19, era a maior vergonha).
Os vs. 24-30 dizem respeito a Joaquim (Conias, 24), o filho de Jeoaquim. Ele reinou apenas três meses, em 598, antes de ser levado ao exílio, juntamente com a mãe e muitos outros cativos.
O (rei) morto (10) Provavelmente o rei Josias, morto em Megido. NTLH menciona Josias e seu filho Joacaz (Salum, 11, irmão de Jeoaquim), que reinou apenas três meses antes de ser levado como prisioneiro ao Egito pelo Faraó Neco quando este retornava da Assíria em 609. Joacaz morreu no Egito.
Líbano, Basã, Abarim/Moabe (20) Cadeias de montanhas ao norte, nordeste e leste de Judá.
V. 30 Aqui termina a linhagem real de Davi. Zorobabel, o neto  de Jeoaquim, liderou os exilados de volta à terra e se tornou seu governador, mas não seu rei.

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Filipenses 1:9-11

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