COSTUMES BÍBLICOS: Epílogo


Epílogo

 A promessa profética
TUDO GIRA EM TORNO DELE!
A promessa profética de Deus perpassa toda a Bíblia.
Os autores do Antigo Testamento descrevem as características divinas de um Messias vindouro, fazendo com que o leitor vislumbre alguém maior do que um simples homem. A Bíblia hebraica refere-se a Ele como semente da mulher (veja Gn 3.15), descendente da tribo de Judá (Gn 49.10) e membro da linhagem de Davi (2Sm 7.16). 
Ele viria como  rei, e todos os joelhos iriam dobrar-se diante dele (Is 45.23). Contudo, Ele também seria um Servo sofredor, desprezado e rejeitado (Is 53.1-9).
Eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, declara o Senhor. [...] Asim acontecerá; eu o determinei e também o farei (Is 46.9-11). O Antigo Testamento contém mais de 100 profecias a respeito de uma pessoa que viria no futuro para cumprir as promessas de Deus ao Seu povo. No entanto, esses textos terminam sem alguém concretizando as esperanças, os sonhos, as figuras, os tipos e as previsões dos antigos escritores bíblicos. Ninguém apareceu, até que Ele veio -- Jesus de Nazaré -- o qual se atreveu a dizer: Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos (Lc 24.44).
Tudo lhe dizia respeito? Quem Jesus pensava que era -- o Prometido, o Messias, o Salvador e o Rei de Israel? Sim, mil vezes sim! Quando falou na sinagoga de Nazaré, Sua cidade natal, Ele leu o texto do profeta Isaías: O Espírito do Senhor é sobre mim pois que me ungiu para evangelizar os poderes [...] a anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.18,19).
Quando terminou a leitura do texto profético de Isaías 61.1,2, Ele disse: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos (Lc 4.21). Jesus disse a Pedro e aos outros discípulos que Seu Pai no céu havia revelado que Ele era o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16,17). E, em Seu julgamento, o sumo sacerdote perguntou a Jesus: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? (Mc 14.61). E Jesus respondeu: Eu o sou (Mc 14.62).
O Antigo Testamento foi escrito por vários autores, de Moisés a Malaquias, ao longo de um período de 1.000 anos. Do início ao fim, os sábios hebreus previram a vinda de Cristo. Considere apenas alguns exemplos dessas profecias: 
Gênesis 22.18 Nascido da semente de Abraão
Gênesis 49.10 Nascido da tribo Judá
Jeremias 23.5 Nascido da casa de Davi
Isaías 7.14 Nascido de uma virgem
Miqueias 5.2 Nascido na cidade de Belém
Isaías 9.7 Herdeiro do trono de Davi
Isaías 53.3 Rejeitado por Seu próprio povo
Zacarias 11.12 Traído por 30 moedas de prata
Isaías 53.12 Executado com criminosos
Salmo 22.16 Perfurado nas mãos e nos pés
Zacarias 12.10 Crucificado
Isaías 53.9 Sepultado com os ricos
Isaías 53.3 Expiação de nossos pecados
Salmo 16.10 Ressurreto dentre os mortos
É muito improvável que Jesus tenha cumprido todas essas profecias por acaso. O Antigo Testamento possui mais de 100 profecias messiânicas sobre a primeira vinda de Cristo. Todas elas foram cumpridas por Jesus de Nazaré e não podem ser mera coincidência. As profecias messiânicas não são apenas um "cordão de escarlata" que perpassa, de modo imperceptível, o Antigo Testamento. Elas são o tema principal que subjaz às histórias, às poesias, às adorações e às pregações proféticas contidas nele. O Antigo Testamento é o registro das promessas de Deus, e o Novo Testamento é o registro dos cumprimentos dessas promessas.
Poucos dias após a ressurreição de Jesus, os cristãos primitivos proclamaram que os acontecimentos de Sua vida haviam cumprido as profecias das Escrituras hebraicas. No primeiro sermão da era cristã, Pedro anunciou: Isto é o que foi dito pelo profeta Joel: [...] Porque dele disse Davi: [...] Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo (At 2.16,25,31). Dias depois, Pedro proclamou: Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados (At 3.18,19). O objetivo das profecias messiânicas era tornar o Messias conhecido, pois Ele cumpriu os fatos preditos. Elas serviram como uma indicação preparatória para sinalizar Sua vinda. E, por isso, os escritores do Novo Testamento reconheceram o valor dessas profecias e de seus cumprimentos como evidência apologética para comprovar a credibilidade da Escritura e a natureza sobrenatural da mensagem cristã.As profecias bíblicas não foram escritas para saciar a curiosidade das pessoas, mas para chamar todos à fé. Elas são uma expressão do amor de Deus no Antigo Testamento. Apesar da natureza caída da humanidade e das consequências globais disso, Deus continuou a intervir deliberadamente no mundo antigo. Ele, com frequência, fazia-se presente na escuridão dos tempos, quebrando o silêncio e confirmando Suas promessas. Alguém viria para libertar o povo. Alguém iria morrer pelos seus pecados e dominá-lo como Rei. Esse alguém é Jesus de Nazaré, o Rei dos judeus, o Senhor da Igreja, o Cordeiro de Deus e o Salvador do mundo.
Sem Jesus, o Antigo Testamento permaneceria em silêncio e sem cumprimento, assemelhando-se ao triste som do caixão de José fechando-seno final de Gênesis (Gn 50.26). O cânon hebraico encerra com a admoestação para subir a Jerusalém e começar tudo de novo (veja 2Cr 36.23) e O CÂNON. O cânon cristão do Antigo Testamento termina com um chamado à restauração e ao arrependimento, para que eu não venha e fira a terra com maldição (Ml 4.6). Sem Jesus, as promessas de Deus permaneceriam sem cumprimento. Sem o Messias, essas previsões não passariam de ecos silenciosos de um passado esquecido há muito tempo, sendo rapidamente desprezadas por estudiosos críticos que as considerariam meras ilusões da mitologia judaica. Todavia, para o cristão, elas são grandíssimas e preciosas promessas que têm por base, mui firme, a palavra dos profetas que falaram inspirados pelo Espírito Santo (2Pe 1.4,19,21).
O Antigo Testamento impele o leitor a procurar respostas finais além de suas páginas. Ele evidencia o que Philip Yancey chama de "movimento gradual, porém certeiro, em direção à graça". Sem o Antigo Testamento, não seria possível entender totalmente o Novo Testamento. Nas leis, na história, na poesia e nas profecias das Escrituras hebraicas do Antigo Testamento, encontra-se um Deus que ama e conduz aqueles que creem, confiam nele e seguem-no. Ele é um Deus que institui princípios de justiça e ordem social. O Senhor estabelece e demove reis e governantes. Ele julga o comportamento humano e responsabiliza as pessoas por suas escolhas. Contudo, nos momentos mais sombrios da incapacidade humana, Deus intervém com uma graça que excede o entendimento.
Essa graça [hb. ben] e Seu amor infalível [hb. chesed] nutrem a antiga aliança. O pacto de Deus com o povo e a nação de Israel nunca teve por intenção estar limitado apenas e eles. As bênçãos das alianças abraâmica, mosaica e davídica eram destinadas, em última análise, ao mundo inteiro (Gn 12.2,3)--e, de fato, o foi. Tudo o que foi prometido aos patriarcas e, depois, confirmado pelos profetas foi cumprido em Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão (Mt 1.1). Por isso, não admira que Jesus tenha dito que eles exultaram ao ver Seu dia (Jo 8.56).
história da Bíblia começa no jardim do Éden e termina na Cidade Eterna, a Nova Jerusalém. No meio, encontra-se a pessoa de Jesus Cristo, a cruz e o sepulcro vazio. Isso faz toda a diferença. Esses acontecimentos do Novo Testamento cumprem muitas promessas do Antigo Testamento, mas os escritores desses textos também apontam para um dia final em que haverá um cumprimento decisivo das demais profecias do Antigo Testamento, quando Cristo reinar na Nova Jerusalém. A Bíblia faz algumas afirmações audazes sobre Jesus. Ela apresenta-o como Messias prometido, Filho de Deus, Salvador do mundo e Senhor do Universo. O Novo Testamento até mesmo insiste que nosso destino eterno depende apenas de nossa fé nele.

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Filipenses 1:9-11

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