(Jz 4--5)
Introdução
Jz 2.6-9 nos leva de volta ao ponto em que estávamos ao final do livro de Josué. Os vs. 11-23 apresentam o padrão de acontecimentos que passou a se repetir tão logo morreram as pessoas da geração que havia participado da conquista da terra prometida (10). Como resultado da desobediência, do abandono de Deus em troca dos deuses locais, as nações vizinhas não foram expulsas. Elas continuaram como espinho na carne de Israel, para testar o povo e manter os soldados de Israel bem treinados nas habilidades de guerra (2.20--3.6).
Entre sucessos e fracassos após a morte de Josué, Israel foi se arrastando. Aquele era o início da Idade do Ferro. Os filisteus introduziram a indústria do ferro na Palestina e tinham o controle da produção, guardando seus segredos a sete chaves (veja 1Sm 13.19-22). Até a época de Davi, Israel ficou em desvantagem diante das armas e dos carros de ferro usados por seus inimigos. Mas o Senhor Deus por Sua grande misericórdia e amor pelo Seu povo, não os abandou por completo. Levantando por seus tempos adequados, juízes para os livrar das mãos esmagadoras dos inimigos. Foi-se então, constituídos 12 juízes para julgar Israel e os por à salvo. Entre eles, Débora, juíza e profetisa (Jz 4 ao 5).
A profetiza Débora (Quarto juíz de Israel) conduz Baraque à batalha
Nessa história impressionante aparecem com destaque duas mulheres extraordinárias: Débora, a profetiza, e Jael, esposa de Héber, o nômade queneu.
Débora foi uma juíza no sentido jurídico (4.5), uma mulher de autoridade. Ela não só convocou o líder militar, Baraque, e lhe deu instruções da parte de Deus, como também se dispôs a fazer a jornada de 80 Km ao Norte para ir com ele à batalha. Baraque não ficou com as honras da vitória, pois foi outra mulher, a corajosa Jael, que matou o poderoso Sísera com uma estaca e um martelo que tinha na mão.
O cântico que celebra a batalha indica a chave da vitória. Uma tromba d'água transformou o Quisom numa torrente impetuosa (5.21). Muitas das carruagens foram arrastadas e o restante ficou atolado na lama.
Uma juíza com ferrão de abelha (Hebraico Bíblico)
Um mulher hebraica chamada Débora foi uma das líderes mais poderosas no antigo Oriente Próximo. Em hebraico, o nome Devora ( דְּבוֹרָה) significa "abelha", uma alusão ao ferrão com que ela aferrou os canaanitas em uma batalha importante no Vale de Jezreel (Juízes 4).
"E Débora, profetisa... julgava a Israel naquele tempo" (Juízes 4:4). Se o fato de Débora - uma mulher - ter servido como juíza já não era suficientemente surpreendente, a Bíblia ainda se refere a ela como profetiza. A palavra hebraica neviah (נְבִיאָה), que é o feminino da palavra profeta (navi), é muito rara e aparece apenas cinco vezes em toda a Bíblia. Mas a Bíblia exalta Débora ainda mais: "como mãe em Israel (em b’Yisrael) você se levantou" (Juízes 5:6). É a única vez que esse título aparece na Bíblia, fazendo de Débora uma matriarca verdadeiramente excepcional.
"Desde o céu pelejaram as estrelas contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram.
O ribeiro Quisom os arrastou,
Quisom, o ribeiro das batalhas.
Avante, ó minha alma, firme!
Então as unhas dos cavalos socavam pelo galopar,
o galopar dos seus guerreiros." (Jz 5.20-22/ARA)
As tropas de Baraque tomaram a elevação do monte Tabor e atacaram os cananeus no vale. A canção da vitória de Débora e Baraque diz que o ribeiro de Quisom os arrastou (Jz 5.21), indicando que uma inundação repentina atolou os carros na lama, fazendo com que Sísera abandonasse seu veículo e se escondesse na tenda de uma mulher chamada Jael. Ela matou o comandante desatento com uma estaca e um martelo (Jz 4.21), cumprindo, assim, a profecia de Débora. Todo o relato enfatiza a ausência de uma liderança masculina em Israel naquela época.
Monte Tabor (4.6) Uma boa escolha como local de reunião. Esse monte, num formato arredondado e com 575 m de altura, pode ser visto de longe.
Hazor (4.2) Josué havia derrotado outro Jabim e destruíra a cidade (Js 11.1,10). A parte baixa jamais foi reconstruída, mas o monte (tell) foi outra vez fortificado pelos cananeus e mais tarde por Salomão (1Rs 11.7).
Taanaque (5.19) Ficava a apenas 8Km de Megido (onde rotas comerciais passavam pela serra do Carmelo), cenário de tantas batalhas que deu seu nome ao local da batalha final, "Armagedom". As águas ou riacho de Megido é o rio Quisom.
Relembrando
Débora (ajudada por Baraque, Jz 4--5)
Nação opressora: cananeus do norte.
Duração da opressão: 20 anos.
Duração da paz: 40 anos.
Realizações: nessa época, os israelitas estavam nas mãos do rei Jabim (um monarca cananeu), de Hazor, já há 20 anos (Jz 4.3). Esse regente contava com um general de cinco estrelas chamado Sísera, comandante de seus 900 carros de ferro e de mais uma grandiosa infantaria (Jz 4.2,3).
Foi quando a nação israelita foi julgada por uma mulher cujo nome era Débora (Jz 4.4,5). Ela informou ao comandante dos exércitos israelitas, um homem chamado Baraque, que Deus escolhera-o para mobilizar 10 mil homens das tribos de Naftali e Zebulom. Em seguida, Baraque deveria levá-los ao monte Tabor e lá batalhar contra Sísera (Jz 4.6,7).
Baraque insistiu para que Débora fosse junto com ele. Ela concordou, mas avisou-lhe que a honra da vitória sobre Sísera não lhe seria creditada, pois uma mulher a receberia (Jz 4.8,9).
Baraque levou seus 10 mil homens pelas encostas do monte de Tabor e, com a intervenção divina, repeliu e derrotou completamente Sísera (Jz 4.14,15).
Sísera escapou e refugiou-se na tenda de uma esposa queneia chamada Jael. Fingindo ser amiga do chefe militar cananeu, ela o convenceu a dormir e depois o matou, cravando nele uma estaca de tenda na cabeça (Jz 4.17-21). Com isso, Débora e Baraque cantaram um hino, um "dueto do livramento", conforme citado acima, em louvor a Deus.
Depois desses acontecimentos, os israelitas ficaram em paz durante os 40 anos seguintes (Jz 5.31). Baraque foi posteriormente incluído no salão de notáveis enunciado no Novo Testamento. (Hb 11.32).
Na Bíblia constam relatos de muitas mulheres que tiveram posições de liderança nacional, e Débora foi uma mulher excepcional. Deus escolheu-a para liderar Israel. Ela foi uma profetisa e falou por Deus.
Hoje, há muitos desentendimentos sobre como a mulher pode servir à igreja. Seja qual for a posição que alguém tenha, é claro que Deus escolhe, capacita e usa quem Ele desejar. O Senhor tem usado homens e mulheres ao longo da história para contribuírem com a Sua missão. Em todos os casos, Deus guia conforme acha mais adequado. Ele pode escolher qualquer um para liderar Seu povo, jovem ou velho, homem ou mulher.
Devemos adorar e agradecer a Deus por Sua graça e por permitir que façamos parte de Sua missão de remir o mundo.
I. Sua corte.
- Ela foi uma profetiza do tempo dos juízes (Jz 4.4).
- Ela foi mãe (Jz 5.7).
- Ela era da tribo de Efraim (Jz 4.5) ou da de Issacar (Jz 5.15).
- Débora habitava debaixo da palmeira de Débora, entre as cidades de Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim (Jz 4.5).
II. Seu comando.
- A revelação. Ela instruiu um soldado chamado Baraque, dizendo-lhe que Deus queria que ele mobilizasse um exército de dez mil homens das tribos de Naftali e Zebulom, no monte Tabor, e derrotasse os opressores cananeus (Jz 4.6,7).
- A relutância.
- Baraque recusou-se a fazer isso, a não ser que Débora o acompanhasse (Jz 4.8).
- Ela concordou, mas alertou-o de que o crédito pela vitória não seria dele, mas de uma mulher (Jz 4.9).
III. A sua celebração.
- Com a ordem de Débora, o exército de Baraque avançou contra os cananeus e derrotou-os completamente (Jz 4.14-17).
- Após a batalha, ela e Baraque compuseram e cantaram um cântico de vitória (Jz 5.1-31).
DÉBORA, uma mulher de Deus
→Possuía o espírito profético: Jz 4.4
→Sentava-se debaixo das plameiras: Jz 4.5.
→Morava nas montanhas: Jz 4.5.
→Era procurada pelos filhos de Israel: Jz 4.5.
→Os líderes a consideravam indispensável: Jz 4.8,9.
→Não negligenciou seus deveres de esposa: Jz 4.9.
→Era dotada de um espírito guerreiro: Jz 4.14.
→Louvava Deus com inteligência e gratidão: Jz 5.
DADOS
Esposo: Lapidote (Jz 4.4).
Citada pela primeira vez na Bíblia: Juízes 4.4.
Citada pela última vez: Juízes 5.15.
Significado do nome: "Abelha, vespa".
Mencionada: nove vezes.
Livro da Bíblia que cita Débora: um livro (Juízes).
Cargos: profetiza, juíza (Jz 4.4).
Detalhe importante sobre a vida de Débora: ela auxiliou Baraque a derrotar os inimigos de Israel (Jz 4.8,9).
Monte Tabor (foto) fica no extremo leste do Vale de Jezreel, a 17 km a oeste do Mar da Galileia. A sua altitude é de 575 m. Ele é apresentado na Escritura como símbolo de majestade. Jeremias 46.18 (NVI) "Como eu vivo, diz o Rei, cujo nome é o Senhor dos exércitos: Certamente virá um que se aproxima como o Tabor entre os montes, ou como o Carmelo junto ao mar "(cf. Sl. 89.12).Também conhecido como Har Tavor, Itabyrium, Jebel et-Tur,
Monte da Transfiguração.
Monte Tabor (foto) fica no extremo leste do Vale de Jezreel, a 17 km a oeste do Mar da Galileia. A sua altitude é de 575 m. Ele é apresentado na Escritura como símbolo de majestade. Jeremias 46.18 (NVI) "Como eu vivo, diz o Rei, cujo nome é o Senhor dos exércitos: Certamente virá um que se aproxima como o Tabor entre os montes, ou como o Carmelo junto ao mar "(cf. Sl. 89.12).Também conhecido como Har Tavor, Itabyrium, Jebel et-Tur,
Monte da Transfiguração.
Obrigada pelas ricas informações.
ResponderExcluirOlá Suly. Obrigado você pela apreciação e visita! Volte sempre. E, se desejar, siga-nos para não perder nenhuma atualização. Graciosa paz!
ExcluirGratidão pelo ensinamento!
ResponderExcluirGraciosa paz querido leitor! Volte sempre. Que bom que gostou! Nos siga pra receber todas as atualizações!
ResponderExcluirMe ajudou bastante, obrigada pelo aprendizado.
ResponderExcluirAmém! Graciosa paz :)
ExcluirApreciei este aprendizado maravilhoso vou ministrar neste texto o qual nos traz rico conteúdo obrigado Deus abençoe...
ResponderExcluirAmém! A graça do Senhor esteja em tua vida! Paz abundante :)
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