Este é o assunto, talvez, de menor complexidade para entender; porém, o de maior complexidade no realizar; não que seja de difícil acesso, mas o que normalmente ocorre é que as pessoas estão tão preocupadas com os dons do Espírito, que são bem mais atraentes, do que propriamente com o exercício constante de uma vida que por si, reflita o caráter de Deus.
O fruto do Espírito é algo exigido naturalmente, não só por Deus e as demais pessoas, mas sobretudo pelas nossas próprias consciências, que sempre estão com as "antenas" ligadas para registrar quaisquer falhas. O fruto do Espírito é imperativo na vida de cada seguidor do Senhor Jesus, pois Ele mesmo disse que seríamos conhecidos pelo fruto: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35). E amor, é um fruto do Espírito!
O que significa o fruto do Espírito Santo? Todos nós sabemos que um fruto é o resultado final daquilo que se planta.
No que tange ao fruto do Espírito Santo, ele é a resposta imediata de uma vida convertida ao Senhor Jesus; é o resultado de uma vida em constante comunhão com Deus, na Pessoa do Espírito Santo. E o segredo do fruto está justamente em permanecer na árvore; assim também, para que possamos evidenciar o fruto do Espírito em nossas vidas, devemos nos manter ligados ao Senhor Jesus. Foi por isso que Ele afirmou: "Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto" (Jo 15.5).
Por outro lado, o fruto do Espírito não pode, em hipótese alguma, ser produzido pelo esforço, ainda que sobrenatural, da pessoa; pois, nenhum fruto nasce pelo esforço sobrenatural da árvore, pelo contrário, ele nasce naturalmente, porque interiormente corre a vida da árvore no seu ser. Também o cristão autêntico manifesta o fruto do Espírito naturalmente, porque dentro dele está o Espírito dAquele que ele crê; por isso também, a vida do Senhor Jesus é vivida novamente através dele, pelo fruto que ele dá.
Aliás, este é mais um detalhe da razão por que devemos produzir o fruto do espírito. O fruto não somente torna evidente a presença de Deus em nossas vidas, mas como também manifesta a ressurreição do Senhor Jesus em nós. Amém! Agora, podemos entender por que o Senhor disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada". E realmente, quando o fruto do Espírito é externado através de cada um de nós, então temos o próprio Jesus andando com nossos sapatos, vestindo a nossa roupa, ouvindo, vendo; enfim participando do nosso quotidiano e brilhando através de nós por onde quer que formos. Isto é que é o cristianismo verdadeiro, retrato autêntico da igreja primitiva, e a imagem e semelhança de Deus resgatada novamente pela fé! Maranata! Amém!
ENTÃO:
O QUE É O FRUTO DO ESPÍRITO (Rm 6.22; 7.4; Cl 1.10).
Em essência, esse fruto é duplo.
A. Fruto externo.
a. Atos de justiça em geral (Sl 1.3; Fp 1,11; Hb 12.11; Tg 3.18).
b. Ganhar almas em particular (Pv 11.30; Jo 4.35-38; Rm 1.13).
B. Fruto interno (Gl 5.22,23; Ef 5.9).
Qual é a distinção entre o fruto do Espírito e os frutos do Espírito?
Considere esta ilustração: na salvação, o cristão é anunciado em um pomar e em uma vinha.
A. O nome oficial do pomar é pomar dos dons do Espírito. Ao entrar, o cristão vê 18 "maçãs" (frutas) em cada árvore. O Espírito Santo, então, escolhe algumas "maçãs" e entrega-as ao cristão.
B. O nome oficial da vinha é vinha dos frutos do Espírito. Ao entrar, o cristão vê 11 "uvas" em cada cacho das videiras. O Espírito Santo, então, escolhe um cacho inteiro e entrega-o ao cristão. Em outras palavras, o cristão recebe algumas maçãs, mas todas as uvas.
É por isso que a palavra fruto, em Gálatas 5.22 e Efésios 5.9, está no singular. Em outras palavras, Paulo não diz "os frutos do Espírito são", mas o fruto do Espírito é!
Qual é o desejo de Deus para os cristãos que possuem o fruto do Espírito?
A. Deus deseja que a Sua nova criação faça o mesmo que Ele ordenou que a primeira criação fizesse (Gn 1.28).
B. Deus deseja que o cristão cumpra a profecia sobre José (Gn 49.22).
C. Deus deseja que Seus filhos recebam as bênçãos do Salmo 1 (Sl 1.3).
D. Deus deseja que Seus filhos da luz sejam, hoje, o que a árvore será na eternidade (Ap 22.1,2).
Quais são os pré-requisitos para dar fruto?
A. Deve-se morrer para o mundo (Jo 12.24).
B. Deve-se habitar no Salvador (Jo 15.1-5,16).
- No Antigo Testamento, a nação de Israel era a vinha escolhida de Deus (Sl 80.8).
- Mas Israel recusou-se a dar fruto (Os 10.1).
- Dessa forma, a nação foi, por fim, tirada por Jesus (Mt 21.43).
- Nos Evangelhos, Cristo foi a vinha escolhida por Deus quando esteve na terra (Jo 15.1; veja também Is 11.1; 53.2).
- Na dispensação atual, desde o Pentecostes, o cristão deve ser o ramo da vinha de Deus. Para ser assim, é necessário submeter-se à poda (Hb 12.11).
- Esse processo de poda e purificação é absolutamente vital para dar fruto. De acordo com Jesus, isso resultará em: a) Fruto (Jo 15.2) - b) Mais fruto (Jo 15.2) - c) Muito fruto (Jo 15.5,8) - d) Fruto permanente (Jo 15.16).
- Jesus disse a Seus discípulos que eles deveriam ser ramos. A única função útil do ramo é ter fruto. Os ramos não produzem fruto, apenas o têm.
A. Amor (Cl 3.14).
No vocabulário grego, há quatro palavras principais que significam amor:
- Stergein - é um amor natural, gravitacional; uma preocupação instintiva com seus descendentes. Ele pode ser encontrado em animais e humanos igualmente. É usado apenas duas vezes no Novo Testamento em grego (Rm 1.3; 2Tm 3.1-3).
- Eros - é um amor sexual, apaixonado (geralmente com luxúria e perversão). Na mitologia, Eros era filho de Afrodite, a deusa grega do amor. Essa palavra para amor não se encontra no Novo Testamento em grego.
- Phileo - é um amor belo e amistoso. Esse é o amor que Davi tinha por Jônatas (1Sm 18.1). No Novo Testamento, esse amor geralmente se refere: a) Ao amor de Jesus por João (Jo 20.2) - b) Ao amor de Jesus por Lázaro (Jo 11.3) - c) Ao amor do Pai por Jesus (Jo 5.20) - d) Ao amor dos cristãos por Paulo (Tt 3.15) - e) Ao amor que todos os cristãos devem ter pelo próximo (Rm 12.10; Hb 13.1) - f) Ao amor que o pastor deve ter pelo seu povo (Tt 1.8) - g) Ao amor que o esposo deve ter pela esposa (Ef 5.25).
- Agapao - é um amor divino, encontrado apenas em Deus. Esse amor não depende da beleza do objeto a ser amado. Ele é encontrado 320 vezes no Novo Testamento em grego, mas raramente em escritos clássicos. Homero usou-o duas vezes, e Eurípedes usou-o três vezes.
Por exemplo, em Romanos 5.8, temos: Mas deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Esse amor nunca se encontrou no coração do homem antes da ascensão de Cristo. Na verdade, Jesus perguntou a Pedro , por três vezes, se ele realmente o amava (Jo 21.15-19).
Nas duas primeiras vezes, Jesus usou o quarto tipo de amor e perguntou: "Pedro, tu me agapao?" Nas duas ocasiões, Pedro respondeu usando a terceira palavra, phileo.
Paulo explica o motivo quando escreveu: O amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.5). Portanto, o motivo de Pedro ter respondido dessa forma foi porque o Espírito Santo ainda não havia descido no Pentecostes, então, era impossível que ele amasse Cristo com o amor divino agapao. Em João 11, temos um caso similar, no qual está escrito que Lázaro amava Jesus com um amor phileo, mas que Jesus amava Lázaro com um amor agapao (Jo 11.3,5).
Há duas passagens admiradas do Novo Testamento nas quais esse amor agapao está em questão (Jo 3.16; Ef 5.25).
B. Alegria (Rm 14.17; Gl 5.22; 1Ts 1.6).
Esse é o mesmo tipo de alegria que:
- Os anjos trouxeram aos pastores (Lc 2.10).
- Os magos tiveram quando encontraram Cristo (Mt 2.10).
- Os anjos têm quando uma alma é salva (Lc 15.10).
- Servos fiéis e recompensados um dia terão (Mt 25.21).
- As mulheres tiveram quando souberam da ressurreição (Mt 28.8).
- O Salvador teve ao remir-nos (Hb 12.2).
- Os discípulos tiveram na ascensão de Cristo (Lc 24.52).
- Essa alegria pode ser sentida até durante terríveis provações (Tg 1.2; 1Pe 1.6).
Há dois tipos de paz.
- A paz com Deus (Rm 5.1).
- A paz de Deus. Essa paz é sentida e inclui apenas os cristãos que são cheios do Espírito de Deus. Ela pode ser definida como um consolo em meio à tribulação (Sl 4.8; 119.165; Jo 14.27).
D. Longanimidade - é a habilidade de suportar, de forma graciosa, uma situação insuportável e resistir, com paciência, o irresistível (2Co 6.6).
E. Benignidade - é uma bondade silenciosa e respeitosa (2Tm 2.24; Tt 3.2).
F. Fé, aqui, é a fé que santifica e parece incluir, entre outras coisas, a habilidade de confiar em Deus para coisas que não se podem ver (Rm 1.17; Ef 6.16; Hb 11.6). essa fé santificadora também inclui a habilidade de confiar nele e aceitar coisas que não se podem compreender.
- Como Jó demonstrou (Jó 1.20,21).
- Como Abraão demonstrou (Rm 4.18; Hb 11.17,19).
G. A justiça pode ser definida como ações corretas, andar pela milha combinada (Ef 5.9; Hb 12.11).
H. A bondade pode ser definida como atos valorosos, ir além da milha combinada (Mt 5.41; veja também Ef 5.9).
I. Mansidão pode ser definida como uma força que dominada. Paulo usou essa característica para lidar com a igreja de Corinto (1Co 4.21).
- Essa é a característica a ser usada por pessoas espirituais na restauração de um desviado (Gl 6.1).
- Essa é a característica que deve ser usada para manter a unidade da igreja (Ef 4.2,3).
- Essa é a característica que deve ser usada para lidar com todos os homens (2Tm 2.24,25).
K. Verdade pode ser definida como viver uma vida aberta, sem falsidade e hipocrisia (2Co 4.1,2).
AMÉM! ORA VEM SENHOR JESUS!
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E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11